O leilão da concessão do campo de Libra recebeu ampla cobertura na 
imprensa internacional, com visões elogiosas e outras críticas ao 
resultado.  
                     A revista alemã Der Spiegel diz que o Brasil leiloou um "tesouro por uma pechincha". Já o Wall Stret Journal diz que o país deu um passo rumo ao patamar das grandes nações produtoras de petróleo.
                     
Libra foi leiloado para um consórcio formado por Petrobras, Shell, Total e as chinesas CNPC e CNOOC.
Em um artigo publicado no seu site, a revista 
afirma que para extrair o petróleo da camada pré-sal haverá riscos 
ambientais "enormes" para o mar, fauna e praias "em uma das mais bonitas
 e populosas regiões litorâneas do Brasil", mas que "a ganância por 
recursos naturais" foi maior.
O Spiegel diz que, como apenas o 
consórcio vencedor apresentou proposta, "sem competidores, eles ganharam
 um tesouro por uma pechincha". A revista não aponta outras razões, além
 da ausência de ágio, para justificar por que classificaram como 
"pechincha" o resultado do leilão.
                     
A revista diz que a exploração do petróleo 
catapulta o Brasil ao grupo dos grandes produtores do petróleo e 
sublinha o peso político global da "superpotência sul-americana".
'Wall Street Journal'
Uma reportagem do jornal americano de negócios Wall Street Journal
 afirma que o Brasil "deu um grande passo para frente" na segunda-feira 
ao leiloar o campo de Libra para um consórcio formado por multinacionais
 e pela Petrobras.
                     
O texto, intitulado "Brasil se move para patamar
 de grandes nações de petróleo", assinado pelos jornalistas John Lyons e
 Jeff Fick, afirma que "a questão de como melhor desenvolver os novos 
campos se tornou altamente polêmica".
O jornal destaca que o Brasil ainda é um 
importador de petróleo, e que os campos do pré-sal são "cruciais para as
 aspirações do Brasil de se tornar exportador".
O Wall Street Journal lembra que as 
autoridades traçaram uma estratégia para que a exploração do pré-sal 
desenvolva a indústria naval e mudaram as legislações para dar à 
Petrobras um papel proeminente na condução dos negócios.
                     
O jornal diz ainda que, no passado, grandes 
negócios envolvendo empresas chinesas na América Latina "despertaram 
preocupações nos Estados Unidos sobre a presença crescente da China em 
uma região com grandes ligações econômicas com os Estados Unidos".
No entanto, o jornal cita uma especialista que 
diz que os interesses chineses são motivados mais por lógicas econômicas
 do que por ambições de poder político na região.
BBCBrasil
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