A primeira
vacina contra a esquistossomose, que afeta mais de 200 milhões de pessoas em
todo mundo, estará pronta em 2020. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
responsável pela pesquisa anunciou hoje (26), em entrevista coletiva, que, após
30 anos de estudos, a produção em larga escala e distribuição da vacina da SM14
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
começará em aproximadamente três anos.
O presidente
da Fiocruz, Paulo Gadelha, ressaltou que, no longo prazo, as imunizações também
terão efeitos econômicos benéficos para os países mais pobres do planeta, que
hoje têm altos gastos com saúde e falta de mão de obra produtiva, já que a
esquistossomose é uma doença que não tem cura.
“Junto com a
malária, essa doença é um dos maiores problemas globais que atingem populações
negligenciadas. Hoje cerca de 800 milhões de pessoas estão sob risco de ter
esquistossomose, e a vacina é um atalho para reduzir essa transmissão de
maneira eficaz do ponto de vista do custo também”, disse Gadelha. “Será uma
vacina muito acessível. A expectativa é que chegue a US$ 1 a dose, de forma que
todos que os precisem da vacina tenham possibilidade de ser imunizados.”
A pesquisa
para o desenvolvimento da vacina foi escolhida como uma das cinco prioridades
pela Organização Mundial da Saúde. Relacionada à precariedade de saneamento, a
esquistossomose é transmitida pela água contaminada com as larvas do verme. A
doença tem áreas endêmicas em mais de 70 países. No Brasil, 19 estados
apresentam casos, com predominância da Região Nordeste, além dos estados de
Minas Gerais e do Espírito Santo.
Click no link e leia mais no Agencia Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário