Ligo a TV logo cedo e vejo notícia sobre um assalto à sede da prefeitura
de bairro de Paripe, no subúrbio ferroviário de Salvador.
Região de população extremamente pobre, mas mesmo assim ninguém
escapou de ser saqueado enquanto amargava longa espera na busca de
resolver problemas comezinhos.
Detalhe: no local não há câmeras de segurança e muito menos vigilância, como seria obrigação da Guarda Municipal, por exemplo.
Aí, fico a pensar: de que adiantam obras bonitas e inaugurações em
cascata se a população não pode pôr os pés na rua sem ser assaltada,
agredida e mesmo assassinada? De que adianta a enxurrada de “entrega de
novas viaturas”, se a Polícia falha escandalosamente na proteção ao
cidadão, melhor dizendo, no mais das vezes torna-se uma agressora tão
temida quanto os criminosos, nas áreas pobres? De que adianta, enfim,
fingir respeito pelos eleitores quando, na verdade, essas pessoas que
assim agem estão se lixando para a segurança e atendimento de saúde dos
seus eleitores? Sim, porque é isso que são: meros eleitores, e só isso.
Muito longe de serem seres humanos de verdade.
Falência
A saúde pública no Brasil – que, aliás, certa feita foi classificada
como seguindo rumo ao “primeiro mundo” pelo então candidato à reeleição
Lula – segue de mal a pior.
...Come cacetinho.
Patéticas as tentativas, inclusive do próprio ministro da Justiça,
Alexandre de Moares, de engabelar a opinião pública amenizando o ataque a
bala sofrido por ônibus oficial da Olimpíada que conduzia jornalistas
estrangeiros na Linha Amarela, no Rio.
Titubeantes, até mesmo gaguejando, algumas ditas autoridades tentavam
amenizar o fato, assim como vêm fazendo em relação ao ataque sofrido
pela Força Nacional numa favela carioca.
Eis aí, caros leitores, o nosso terror particular.
Faltam vacinas básicas na rede pública e quem pode (são poucos) tem
que pagar até R$ 400 para tentar se livrar da dengue ou cerca de R$ 150
para escapar da gripe H1N1.
De outra parte, o governo interino anuncia cortes nos direitos trabalhistas e nas verbas para a educação.
Um caos, este país!
Quem não aguenta vara...
É o que costuma dizer um amigo meu.
Pois é.
Este país NÃO TEM a menor condição de gastar fortunas com espetáculos
de circo, enquanto o povo pena nas madrugadas em busca de médicos e
morre como moscas nas vias públicas, vitimado por balas das mais
diversas origens, para não falar na pobreza cada vez maior e no
desrespeito escandaloso para com o trabalhador.
Resta saber se nos próximos 500 anos teremos uma geração de
mandatários e legisladores menos safada e que realmente nos conduza para
um mínimo de civilidade.
Será?
Distorcendo as informações (I)
Enquanto alguns jornalistas testemunhavam ter ouvido tiros, que
estilhaçaram vidros de ônibus e causaram ferimentos, o senhor Moraes
dizia, de forma peremptória, que o veículo teria sido alvo de uma
“pedrada” por parte de “moleques” da região.
Distorcendo as informações (II)
Neste caso, aliás, um oficial foi atingido na cabeça e a primeira informação foi de que ele teria morrido.
Todavia, logo depois voltaram atrás e disseram que ele está “em
estado gravíssimo” e os médicos esperam “o que pode acontecer nas
próximas horas”.
Corro o risco de estar sendo injusto, mas a mim me parece que,
infelizmente, este jovem oficial já teria morrido e estão escondendo os
fatos.
Tudo é possível...
Distorcendo as informações (III)
Não precisamos do Estado Islâmico com suas bombas para viver aterrorizados.
O terrorismo brasileiro está no dia a dia das balas perdidas, de
comunidades INTEIRAS completamente dominadas pelo crime organizado e da
covardia, para não falar em possível comprometimento, de autoridades que
debocham do povo rindo e fazendo declarações patéticas (vide o exemplo
do – argh! – Eduardo Paes) enquanto a situação agrava-se a cada momento.
Haja saco!
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