Ela Wiecko, segunda pessoa na hierarquia
da Procuradoria Geral da República, abaixo apenas de Janot, foi flagrada em
Portugal fazendo protestos contra o Impeachment que ela diz ser
"golpe" e Temer. Ela disse: “Fui discreta, estava junto, e não tive
protagonismo maior”, mas nas fotos aparece segurando faixa contra Temer.
E, aí, com a repercussão decidiu pedir demissão. Ou seja, agiu após ser
descoberta e não ao contrário, quando esta deveria ser sua postura ética.
A situação, no entanto, é mais
dramática, pois, na entrevista, em Veja, ela quebrou o sigilo funcional e revelou
que Temer está sendo delatado. Isto foi dito pela vice-procuradora da
República. E diz isto às vésperas da votação do impeachment. Certamente
não há inocência, nem falta de consciência, em seu ato. É absurdo que tal
violação esteja acontecendo na PGR sob as ordens de Janot. O cargo tem liturgia
e OBRIGA constitucionalmente a isenção e não exercício ideológico no cargo.
Vale lembrar que ela é responsável pela condução da “Operação Acrônimo” que
investiga, por exemplo, o governador Fernando Pimentel, do PT. Com estas
afinidades ela deveria declarar-se impedida e não o fez.
Vale lembrar que o marido da
procuradora, Manoel Wockler, ex-desembargador, era assessor do ministro Teori
Zavascki, no Supremo Tribunal Federal, e foi obrigado a pedir demissão após assinar
documento apresentado por Lula, na OEA.
Estamos diante de uma grave situação e o
silêncio de Janot é constrangedor. O procurador já vinha em uma situação
ruim por não explicar o descarte da delação da OAS, de Léo Pinheiro, que,
sabidamente incluía Lula.
A situação exposta com a ação de Ela
Wiecko é estarrecedora e nos dá ideia dá contaminação institucional que estamos
vivendo. Janot precisa vir a público, cumprir seu dever com a Sociedade e
explicar de forma transparente o que está acontecendo para não jogar fora todo
respeito que a PGR havia adquirido.
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