Quando o ativista austríaco
pró-privacidade Max Schrems solicitou seus próprios dados pessoais armazenados
pelos servidores do Facebook, recebeu um CD-ROM com um documento de 1.222
páginas.
Esse arquivo, cujas páginas impressas
teriam quase 400 metros de comprimento se fossem colocadas lado a lado, é uma
amostra do apetite da rede social por detalhes particulares dos seus 1,65
bilhão de usuários.
A informação repassada ao ativista
incluía números de telefone e endereços de e-mail de amigos e familiares; o
histórico de todos os dispositivos que ele usou para acessar o Facebook; todos
os eventos a que ele tinha sido convidado; todo mundo que ele tinha adicionado
como amigo (e posteriormente desfeito a amizade); e um arquivo com suas mensagens
privadas.
Havia ainda transcrições de mensagens
que ele tinha apagado.
Schrems,
que diz ter usado o Facebook ocasionalmente durante um período de três anos,
acredita que parte considerável de suas informações pessoais ficaram retidas.
O ativista recebeu registros de dados
divididos em cerca de 50 categorias, mas acredita que existam mais de 100
diferentes.
"Eles retiveram meus dados de
reconhecimento facial, que é uma tecnologia que pode me identificar pelas
minhas fotos. Eles não divulgam as informações de monitoramento, que é uma
tecnologia ainda mais assustadora porque permite identificar se você já leu, por
exemplo, uma página sobre carro esportivo e quanto tempo você demorou para
ler".
Em sua página de política de dados, a
rede social afirma que armazena dados "pelo tempo necessário para fornecer
produtos e serviços" aos usuários e os usa para melhorar seus fornecimento
de conteúdo, seus anúncios publicitários e suas medidas de segurança.
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