Todo cidadão
deveria ter três árvores plantadas em seu nome, como recomenda a OMS. Um mínimo
de 12m² de área verde/habitante e um ideal de 36m². As árvores
influenciam o ar (filtram, retém o pó e microrganismos, reduzem velocidade dos
ventos, absorvem 250m de água evitando enchentes); mudam o clima (absorvem o
calor do sol, resfriam o ambiente, aumentam a umidade do ar); interferem no
solo (regulam ciclos hídricos, evitam a impermeabilização do solo); e no visual
(estudos mostram que elas trazem conforto visual e bem estar). Há estudos, como
por exemplo, no Morumbi, em São Paulo, que tem 40% do bairro coberto por
árvores, que mostram que ele apresenta 5 graus a menos de temperatura do que
outras áreas mapeadas pela Universidade. Então, entenda eleitor: árvore não é
coisa de xiita ecológico e sim uma influência vital na sua qualidade de vida.
Uma
Secretaria de Meio Ambiente vai além do lixo, com coleta seletiva; esgoto;
combate a poluição visual (excesso de propaganda) e sonora (importante fator de
irritação urbana), intervenção e preservação de mananciais hídricos. Não pode
ser uma Secretaria para composição política, mas um setor fundamental por
interferir substancialmente no padrão de vida das cidades. Nenhum “Habite-se”
deveria ser dado em edificações que aterram lagoas e similares; ou que
não apresentasse um plano de meio ambiente, como em condomínios
gigantescos que são construídos sem nenhuma exigência iu compensação.
Em Feira,
segundo matéria do Diário Oficial do Munícipio com o Diretor do Departamento de
Áreas Verdes, Deodato Peixinho, existiam, em 2002, 7,5 m² de área verde/
habitante. Ele estima que em 2016 tenhamos 9m², embora não haja estudos.
Haveria, segundo ele, 55 mil árvores na cidade. Considerando que são 14
anos de diferença e o que preconiza a OMS, concluímos que é um desempenho muito
pífio do ponto de vista ambiental, especialmente se considerarmos que estamos
em uma cidade sertaneja com temperaturas elevadas. É preciso mais ação.
Aliás, em Presidente Prudente e outros munícipios um acordo com
concessionárias as obriga a plantar uma árvore por cada carro vendido para
compensar a emissão de carbono que isto irá representar. Em Campina Grande, com
400 mil habitantes e 100 mil árvores, talvez esteja um dos mais
ambiciosos projetos ambientais com perspectivas que se atinja duas árvores por
habitante. O mundo, prezado eleitor, se move.
Feira vem
progressivamente enterrando suas nascentes apesar dos protestos. A
tolerância com as construtoras e empresariado tem resultado em uma
dolorosa exterminação das fontes que deram origem a Santana dos Olhos D’Água.
Aliás, é vergonhoso que após tantos anos ainda não tenhamos um cadastro,
um projeto de geo-referenciamento, ou que nome se queira dar, a estas áreas e
estejamos convenientemente engatinhando neste setor. Ou que a UEFS não
intervenha de forma incisiva nesta questão preferindo seu isolamento mural
patológico.
Sabemos que a
criação de parques reduz o consumo de energia, pois resfriam o ambiente;
melhoram a circulação do ar; reduzem obesidade (epidemia do século) em
moradores próximos a estas áreas. Duas áreas preservadas pelo governo
Ronaldo (Parque da Cidade e Geladinho) e o Parque da Lagoa Grande, realizado
pelo governo do estado através do deputado Zé Neto, a ser inaugurado refeltem
este impacto.
Ao escolher
seu prefeito, escolha aquele que seja capaz de fazer estas intervenções: que
tenha postura ativa, profilática, e não passiva, tardia ou apenas reativa, o
que sempre resulta em ação ineficaz. Escolha o prefeito que compreenda
que o Meio Ambiente muda a qualidade de vida dos cidadãos e que torne
estas ações uma pauta real e propositiva e não um cala boca, uma conversa fiada
para boi dormir.
Pense e escolha.
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