Mas, eu não entendia como alguém que
defendia em suas canções a liberdade, a igualdade e fraternidade, poderia
defender os inimigos destes três pilares da civilização e da democracia. Era um
contrassenso, e eu fiquei desconfiado. Recentemente, vi um vídeo onde ele, e
outros artistas, revela (confessa) que a maioria das composições não são dele,
mas de autores anônimos que, segundo ele, não querem sair do anonimato e preferem
vender suas composições. Permitam-me duvidar, e muito. Convivi e ainda convivo
com muitos poetas e músicos e sei que a maioria tem suas obras como verdadeiros
“filhos”, que podem até emprestar, doar para adoção, mas, nunca as vender. Os
que vendem, vendem com o coração partido, por absoluta necessidade financeira,
do que se aproveitam artistas famosos sem escrúpulos, o que não parece ser o
forte de Chico Buarque.
Quem te viu, quem te vê.
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