
Nuzman não quer admitir que o governo
além dos gastos indiretos irá bancar R$260 milhões de déficit dos jogos
por isso disse que dinheiro de estatal não é dinheiro público.
É uma das maiores aberrações que já ouvi
e de um cinismo olímpico. E já o desqualifica para cuidar do nosso
dinheiro.
Dilapidando a Ficha Limpa
Volto ao assunto
pela gravidade da questão. A crise atual do Brasil tem um pé em um projeto
permanente de poder e outro na corrupção instalada para sua sustentação. O
roubo, no entanto, não é inaugural. Aportou com as caravelas de Cabral e tomou
impulso com a lassidão judicial e a falência moral que vivemos.
Um dos raros
avanços que tivemos nos últimos anos foi a criação da Lei da Ficha Limpa, após
iniciativa popular, que recolheu mais de 1,6 milhões de assinaturas. Com ela,
4339 prefeitos e ex-prefeitos corruptos estavam afastados das tetas
públicas.
Agora, com
a esdrúxula decisão do STF - que ao invés de correção de algum aspecto,
preferiu suspender a lei-, afirmando que apenas as Câmaras de Vereadores
deixarão um candidato com as contas desaprovadas pelos Tribunais de Contas,
inelegível, todos aqueles afastados poderão voltar. E já estão se candidatando.
É de dar calafrios.
Não fosse pouco,
o Ministro Gilmar, deselegante, desrespeitoso, inconveniente, disse que a
lei parecia "feita por bêbados".
Com a decisão do STF a Sociedade
brasileira acordará mesmo de ressaca.
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