quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Metade das mulheres com câncer de mama inicial poderia ficar sem quimio, diz estudo

A quimioterapia tem uma serie de efeitos colaterais: queda de cabelo, possível falha cardíaca e até leucemia. Isso é preocupante, mas pode ser que ela não seja necessária em todos os casos de câncer: um estudo publicado essa semana mostra que 46% das mulheres nos estados iniciais do câncer de mama podem optar por não passar pela quimio - com pouco risco do tumor crescer ou se espalhar nos cinco anos seguintes. O segredo está nos genes. 
Tradicionalmente, todas as mulheres com câncer de mama recebem quimioterapia, independente do estágio da doença. Isso porque os médicos não têm como diferenciar as pacientes que se beneficiam do tratamento e as que simplesmente sofrem os efeitos colaterais sem benefício nenhum. Mas, com os resultados do estudo, essa generalização do tratamento pode se tornar coisa do passado.
O estudo se baseia na análise da interação dos genes das pacientes - o chamado "teste genômico". Basicamente, o que o teste genômico faz é analisar a atividade dos genes que ajudam a proteger o corpo do tumor - os que barram seu crescimento e sua multiplicação. Se esses genes estiverem ativos na mulher, ela é classificada como uma paciente de baixo risco genômico. 
Esse tipo de teste já é feito há pelo menos dez anos, mas só agora os cientistas conseguiram checar se o baixo risco genômico é, realmente, um indicativo de que a pessoa não precisa fazer quimioterapia. Isso porque a pesquisa foi a maior, mais longa e mais rigorosa até agora sobre o tema: os pesquisadores analisaram os genes de 6.693 mulheres em 9 países e 112 hospitais da Europa, todas com o tipo de câncer de mama mais comum (que ataca três quartos das pacientes no mundo), e todas ainda nos primeiros estágios da doença - quando o tumor tem até 5 cm e ainda não se multiplicou para mais de três nódulos diferentes. Algumas das participantes também já tinham passado por tratamentos iniciais contra o câncer, como cirurgia, terapia hormonal e a própria quimioterapia. 
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