segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Obama assina artigo feminista e diz que homens devem lutar contra o machismo

Em um artigo que já vem sendo considerado histórico, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se declarou um feminista e defendeu a ideia de que é preciso trabalhar ainda mais pela igualdade entre gêneros e que a responsabilidade na luta contra o machismo também é dos homens.
O texto foi publicado na revista Glamour e reforça o posicionamento do presidente norte-americano, que se apresentou durante uma conferência em Washington no início deste ano dizendo: "é assim que um feminista se parece".
No artigo, Obama afirma que as pessoas mais importantes da vida dele são mulheres, citando a mãe, a avó que ajudou a criá-lo, as filhas Malia e Sasha, e claro, a esposa, Michelle.
Para o presidente, apesar de muitas mudanças ainda serem necessárias, houve avanços no respeito ao direito e dignidade das mulheres.
"Os progressos que fizemos nos últimos 100, 50 anos, e até nos últimos oito anos, fizeram com que a vida das minhas filhas seja muito melhor do que foi a das minhas avós. E eu não digo isso somente como presidente, mas como um feminista", declara. "Uma coisa que me deixa otimista por elas é que estamos num momento extraordinário para ser mulher."
 Desigualdades
Apesar de destacar avanços, o texto trata também das desigualdades na criação de meninos e meninas e nas responsabilidades que pesam sobre pais e mães.
"Precisamos continuar mudando a atitude que cria nossas meninas para serem recatadas e nossos meninos para serem assertivos, que critica nossas filhas por falarem o que pensam e nossos filhos por chorarem", afirmou o presidente.
"É a mesma atitude que pune as mulheres pela sexualidade delas e premia os homens pela deles e que permite uma rotina de abuso em relação às mulheres, se elas estão andando nas ruas ou online. Precisamos continuar mudando a atitude que ensina os homens a se sentirem ameaçados pela presença e o sucesso das mulheres."
Pai de duas filhas, ele falou ainda de como foi importante para ele passar os últimos anos morando no mesmo local em que trabalha - a Casa Branca. Isso o permite acompanhar mais de perto a criação de Sasha e Malia, já que não perde tempo com o transporte entre casa e trabalho.
"É importante que o pai delas seja feminista, porque agora é isso que elas esperam de todos os homens", disse.

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