Até as águas do Subaé - a lagoa que não
é lagoa- sabem que Ronaldo tem um eleitor solidificado, que confia no prefeito
e não quer mudanças, preferindo repetir seu voto, mas elas carregam também a
informação que parcela significativa da população feirense anda cansada do
modelo administrativo-personal do prefeito e busca mudança, um fenômeno natural
devido a longevidade do atual mandatário.
É certo, também, que há mais gente
disposta a votar em Ronaldo do que aprovando seu govorno e para isto não é
preciso estas secretas pesquisas que corrrem aí pela cidade. Isto retrata uma
situação local bem específica: parte do eleitorado não encontra em quem votar
ou não confia na oposição petista. Um dos sinais foi dada na eleição passada
com a surpreendente votação de Jonhatas, do PSOL.
Evidente que até as águas da lagoa
Salgada- aquela que vem sendo sempre invadida-, sabe que parte do eleitorado
descontente com Ronaldo não confia na esquerda do PSOL. È um eleitorado mais ao
centro, que se sentiria mais confortável votando em um candidato com o perfil
de Jairo Carneiro.
Com a campanha começando tardiamente,
com limitações estruturais, sem ser o candidato preferencial do governo
do estado e desconhecido pelo eleitorado mais novo, a perguntar é quanto Jairo
poderia atrair da rejeição de Ronaldo ?
Desta
capacidade é que se faz a esperança oposicionista e o olhar do governo do
estado.
Asneira Ministerial
O Ministro da Defesa, Raul Jugmman,
disse que foi um erro o policial da Força de Segurança Nacional(FSN)
entrar na favela, no Rio, onde foi baleado e morto.
Não
Ministro, erro não é a FSN entrar em área controlada por bandidos, é haver área
controlada por bandidos onde a FSN não pode entrar.
Asneira Presidencial
Temer, o interino, disse que
a morte de um policial da Força de Segurança Nacional por bandidos, na favela
da Maré, foi um "acidente" e que isso não iria "
deslustrar" a Olimpíada.
Foi de uma deselegância estúpida. Perdeu
uma excelente oportunidade de ficar calado
Lagoa Grande
Das muitas pautas da Tribuna, considero
a campanha pelo parque da Lagoa Grande uma das mais significativas.
Fizemos diversas matérias, insistimos, pois esta grande obra tem um potencial
de mudança urbana e de postura fundamentais. A intervenção do estado, liderada
pelo deputado Zé Neto – sempre faço o reconhecimento pelo seu envolvimento -
salvou uma lagoa da morte inevitável como tantas outras. O volume de verbas já
liberado e o tempo já deveriam ter permitido a conclusão da obra que já compõe
o imaginário e a imagem da cidade. Entretanto, ela segue lenta, sem previsão de
conclusão, ainda que não interrompida. Precisamos lutar pela finalização e
definição do perfil de ocupação e construção do entorno, que torne aquela uma
área de lazer com tom arquitetônico e comercial adequados. Não vamos esmorecer
na cobrança, pois qualquer vacilo os ocupantes voltam. Não podemos mais abrir
mão de sua existência. Vamos lá, deputado.
Lagoa Salgada
Outra lagoa
da nossa pauta é a Salgada que, periodicamente, sofre surto invasor de
construtoras sob a complacência dos poderes públicos coniventes. Ela é vizinha
à do Subaé, agora em parte aterrada por um supermercado, sob o incrível parecer
pago pelo interessado e que a prefeitura - acreditem se quiserem - aceitou como
válido.
Ainda que não
se invista na Salgada agora, é preciso delimitar seu entorno. Talvez com a
pista de ciclovia proposta ou de outra forma.
O que não é
possível é deixá-la como está, sem nenhum referencial físico, porque aqueles
dos papéis das instituições públicas – municipais e estaduais - não me causam
mais que risos.
Ocupemos a lagoa Salgada antes que os invasores a
ocupem.
A Bodega
Esta coluna
tem 16 anos de publicação continuada, semanal. Por grande período, no jornal
diário, duas vezes por semana. É uma assombrosa regularidade para mim que tenho
outras atividades. Certamente que, ao longo de tamanho número de notas,
cometi erros, mas faz parte do ofício de opinar continuamente. Com o fim
da edição impressa, migraremos apenas para o portal da Tribuna Feirense.
Espero meus dez leitores por lá.
Impeachment
Com o placar
de votação no Senado fica claro que o jogo do impeachment já está jogado. Dilma
já foi abandonada até pelo PT, com quem andou trocando farpas. Considero
um equívoco a lei que permite 6 meses de prazo entre afastamento do presidente
e votação final. Nos tempos atuais país algum pode perder tanto tempo -
logo, dinheiro -, com a insegurança jurídica da interinidade e a chantagem
parlamentar com o presidente provisório.
De qualquer
modo, chega ao fim este ciclo de projeto de poder da esquerda, sustentado pela
corrupção e escorado no populismo, com a distribuição de benesses sociais para
usar os mais diversos setores como anteparo midiático e político.
A corrupção
sistemática e a distribuição de verbas – incluindo a campanha do ditador
Maduro, na Venezuela -, levou ao aumento brutal das despesas e do déficit
público, com recessão, 12 milhões de desempregados e fechamento de mais de cem
mil empresas no comércio. Agora é lembrar Ulisses: matar o monstro é fácil.
Difícil é remover os escombros.
Delações
Evidente que João Santana, o marqueteiro petista preso, entregou Dilma em sua
delação. Afinal, acordo não seria fechado se não servisse para pegar peixe
grande. A confissão de que recebeu dinheiro no Caixa 2 proveniente de propina é
demolidora para o PT. Contra o fato não há argumentos.
Delações II
A delação de Marcelo Odebrecht parece que se encaminha para o projeto
final. Não haverá salvação para Lula. Até porque já se sabe que ele fez
exigências nas reformas do sítio, do qual insiste em dizer que não é dono.
Não será, entretanto, só Lula quem colocará o
pescoço na forca. Brasília vive dias de lexotan e ocultação de provas, pois não
serão poucos os políticos envolvidos pelo empreiteiro. Vem coisa grande por aí.
Lula e a prisão
Apontado como líder e mentor da mais extensa organização criminosa partidária
que ocupou o poder no país - mesmo no país do PMDB - o ex-presidente que já
virou réu por obstrução à Justiça ficará inelegível e não tem como escapar da
prisão.
A tentativa de denúncia à ONU acusando Sergio Moro
de perseguição é tão inócua quanto reveladora de que os recursos acabaram e a
lei se aproxima da porta do seu castelo (ou sítio?). E o pior ainda não
veio à tona, com as delações da Odebrecht e OAS.
Cultura
Apesar
de seus movimentos inadequados para coibir a CPI da Lei Rouanet o ministro da
Cultura admitiu, em entrevista, que o ministério era utilizado politicamente
para organizar a base do PT. Então, ministro, pare de atrapalhar a
investigação.
PSDB
A delação premiada
revelando que Sérgio Guerra, do PSDB, já falecido, recebeu R$10 milhões para
enterrar uma CPI, é apenas a prova de que nosso buraco político é mais embaixo
e mais profundo.
Na versão atual, o policitado Aécio Neves, segue
sem ser investigado, apesar das inúmeras delações, que talvez pelo menos
expliquem seu desempenho medíocre como senador oposicionista.
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