sábado, 18 de fevereiro de 2017

Ainda vale a pena manter o horário de verão?



O horário de verão, que chega ao fim novamente à 0h deste domingo, divide opiniões não só da população, mas também de especialistas.

Entre os brasileiros, uns comemoram ter uma hora a mais de sol por dia, enquanto outros reclamam da imposição de adaptar a rotina duas vezes ao ano - sabe-se que o corpo humano leva ao menos 14 dias para se acostumar com o horário de verão e, enquanto isso não ocorre, problemas como falta de atenção, de memória e sono fragmentado podem ocorrer.


Especialistas em gestão de energia ouvidos pela BBC Brasil, por sua vez, concordam que a mudança de horário pode ser útil - mas há controvérsias sobre a forma como ela é aplicada e sobre transparência dos dados sobre a economia gerada.

No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países - atingindo cerca de um quarto da população mundial. No Brasil, foi usado pela primeira vez no Brasil durante a gestão de Getúlio Vargas, em 1931 e 1932, mas só passou a ser adotado sem interrupções a partir de 1985, sendo regulamentado por decreto-lei apenas em 2008, no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

A ideia por trás da medida é poupar os recursos da matriz energética no horário de pico de consumo de energia, entre 18h e 21h, quando boa parte da população chega em casa e utiliza a energia doméstica e boa parte de comércio e indústria continuam ativos.



Energia e potência

Segundo Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, o horário de verão é importante não para a diminuição do consumo de energia em si, mas pela potência que a matriz energética precisa oferecer, que acaba reduzida durante esse período de quatro meses.

"A quantidade de energia que seria economizada no horário de verão é relativamente pequena porque o simples deslocamento da faixa horária de pico não significa uma economia expressiva no dia inteiro", afirmou à BBC Brasil.

A diferença, segundo ele, é na capacidade energética que precisa estar funcionando para atender à população, a chamada "demanda de ponta". Ou seja, poupa o esforço extra das usinas que estão ativas para garantir que, ao ligar o interruptor em casa, a luz irá acender.

A economia é possível porque não é necessário acionar energia extra das usinas termelétricas para garantir o abastecimento do país nos horários de pico.


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