Alec Jones é um adolescente canadense de 14 anos que
há seis meses se empenha no desenvolvimento de um aplicativo para ajudar
estudantes a organizar seus deveres de casa.
Sua ideia está à frente da revolução tecnológica que
o Facebook pretende liderar e parece ser melhor que outras com tecnologia
semelhante desenvolvidas por empresas como Google e CNN.
A tecnologia é a do chatbot, tida como uma promessa
de mudar completamente a forma como interagimos com serviços e empresas online.
Na tradução literal, seria algo como "robô de bate-papo".
No ano passado, o fundador do Facebook, Mark
Zuckerberg, abriu o acesso a documentos para tornar possível qualquer um
desenvolver seus bots para o Messenger (aplicativo de mensagens da rede
social), como uma forma de estimular e testar a nova tecnologia.
E, há quase um ano, o presidente-executivo da
Microsoft, Satya Nadella, proclamou: "os 'bots' são os novos
aplicativos". Mas, até agora, seu progresso tem sido decepcionante. A
maioria dos apps é pouco útil ou não funciona bem.
Na semana passada, no entanto, meu otimismo renasceu
nas mãos de Alec Jones, que vem desenvolvendo o "Christopher Bot".
Conversa informal
Para configurá-lo, é preciso apenas compartilhar o
horário escolar com o bot, e ele envia mensagens ao final de cada aula pelo
Facebook Messenger para perguntar se há dever de casa.
"Você tem dever de casa de matemática?", me
perguntou por mensagem o bot. "Sim",
respondi. "Seu professor precisa relaxar um pouco com o dever de
casa", respondeu, acrescentando: "qual dever de casa você tem?".
"Mais
álgebra :-( ", escrevi.
"Ok,
entendido".
Por meio desse sistema, pude incluir facilmente
"álgebra" num calendário semanal. Assim, posso acessá-lo a qualquer
momento para checar o que falta fazer. Logo
que completei a tarefa, avisei ao Christopher Bot, e ele me felicitou,
eliminando automaticamente a tarefa da lista de coisas pendentes. E o melhor é
que na época das férias, o bot não incomoda.
A promessa dos chatbots
O que impressiona é que, de todos os experimentos que
se têm observado, esta é a primeira vez que um chatbot foi, realmente, a melhor
maneira de solucionar um problema.
Outros chatbots produzem uma experiência pior de algo
que já existe. Por exemplo, é melhor ter acesso a notícias da CNN por meio de
qualquer outro de seus produtos que o chatbot.
E o popular bot de informação climática Poncho,
embora atraente e bem divulgado, tem o hábito de me dizer que está para chover cinco
minutos depois que os pingos já começaram a cair. (Leia mais no BBCBrasil)
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