A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos homenageou o folheteiro
Jurivaldo Alves da Silva com um selo de uma das suas obras. A capa do
cordel “A seca no meu sertão”, escrito em 2008, é um dos poucos
livretos, se não o único, a receber tal reconhecimento. A xilogravura é
de sua autoria, também.
“O selo vai aumentar consideravelmente o nosso campo de atuação, porque
é uma homenagem que poucos receberam”, afirmou o folheteiro, autor de
pouco mais de 40 livretos. “Quando passar dos 50 títulos posso ser
chamado de cordelista”. Sempre escreve com a filha, Patrícia Oliveira.
Ele mantém uma banca no MAP (Mercado de Arte Popular).
Segundo ele, durante a Feira do Livro do ano passado, organizada pela
UEFS e que tem o apoio da Prefeitura de Feira de Santana, o professor de
xilogravura Luiz Natividade, o perguntou sobre a possibilidade de a
capa de um dos seus folhetos fosse copiada num selo, pelos Correios.
Escolhi este e já nem me lembrava mais”.
Declarou que foi tomado de surpresa quando, em Ilhéus, o professor
entregou-lhe uma folha de papel. “Eram os selos. Fui tomado de uma
alegria muito grande”, ainda comemora. Na cidade do sul da Bahia
participava do Festival da Cultura Popular de Casar, no mês passado.
“Não é uma homenagem a mim, mas à cultura nordestina”, comenta. Ele
disse esperar que a homenagem abram muitas portas para que mostre a sua
arte. “Como todo folheteiro, vou onde os eventos acontecem”. Revelou que
dentro de poucos dias ganha a estrada com destino a Paulo Afonso, onde a
cultura do cangaço é forte. O cangaceiro Lampião é um personagem que
ele retrata.
Nestas viagens leva uma colorida mala do folheteiro, criada por ele há
cerca de cinco anos, com mais de 1,5 mil títulos. É só abri-la e começam
as declamações.
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