A
Universidade de São Paulo acaba de anunciar que vai inaugurar seu primeiro
centro de pesquisas especializado em maconha. A ideia é reunir todos os
pesquisadores do campus de Ribeirão Preto que investigam o potencial medicinal
dos derivados da planta – alguns, há mais de 30 anos.
O foco
principal é o canabidiol (CBD), um dos canabinoides mais famosos por aqui. Isso
porque ele virou notícia quando famílias brasileiras começaram a tentar
importar suplementos com a substância para tratar pacientes com formas graves
de epilepsia, que não respondem aos tratamentos convencionais. A Anvisa
precisou começar a emitir autorizações especiais de importação, até finalmente
tirar o CBD da lista de substâncias proscritas – hoje ela é considerada “de uso
controlado”, como os antidepressivos.
O Centro
de Pesquisas em Canabinoides será responsabilidade da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto em parceria com a farmacêutica Prati-Donaduzzi. O primeiro
estudo clínico já aprovado vai ser feito com mais de 120 crianças e
adolescentes que têm epilepsia e não melhoraram com medicamentos tradicionais.
Esse é o primeiro requisito para descobrir se, de fato, o canabidiol é seguro e
eficaz o suficiente para virar um medicamento e, quem sabe, ir parar nas
farmácias brasileiras.
mas também Parkinson, esquizofrenia, ansiedade e
até câncer. Mas não adianta se animar por motivos “recreativos”: o CBD,
isolado, não dá barato – a substância responsável por isso, na maconha, é o
TCH.
A criação de
um centro especializado pode ajudar a pesquisa brasileira a ir além da duplinha
CBD e a epilepsia: com a estrutura da universidade, os cientistas vão poder
explorar outros dos mais de 400 canabinoides presentes na maconha – além de
testar o potencial do próprio canabidiol para doenças que carecem de
tratamentos mais efetivos, como Parkinson, a esquizofrenia e até o câncer. (Super Interessante)
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