Os cientistas
vêm apresentando cada vez mais evidências de que o álcool, mesmo em pequenas
quantidades, faz mal à saúde. Mas o vinho tinto seria uma exceção, podendo até
fazer bem, dizem alguns. Será que isso é verdade?
O vinho tinto
faz parte da Dieta Mediterrânea, inspirada originalmente nos padrões de
alimentação da Grécia, do sul da Itália, da Espanha e Portugal. Baseada no
consumo de alimentos frescos e naturais como azeite, frutas, legumes, cereais,
leite e queijo, ela seria a responsável pela longevidade das populações
daquelas regiões. Nessa dieta também é necessário evitar produtos
industrializados como salsicha e comida congelada.
A Dieta
Mediterrânea ajudaria ainda a mudar o estilo de vida de quem a adota. Mas será
que existe mais alguma coisa no vinho tinto que possa contribuir para a
longevidade e a saúde?
O programa Trust
me I'm a Doctor ("Confie em mim, sou médico"), da BBC, foi
investigar o caso.
Polifenóis
Embora os
cientistas concordem que o consumo moderado de vinho tinto pode ajudar a
proteger o coração, reduzir o colesterol "ruim" e prevenir o
entupimento das veias e artérias, há divergências sobre o que estaria por trás
desses benefícios.
O vinho tinto
é feito com uvas que contêm micronutrientes conhecidos como polifenóis. Eles
atuam como antioxidantes e podem proteger o organismo contra algumas doenças e
ainda combater o envelhecimento. Os polifenóis protegem tanto as células quanto
outras substâncias químicas naturais do corpo contra os danos causados pelos
radicais livres.
Há mais de 8
mil polifenóis identificados em bebidas como chá e vinho e em alimentos como
chocolates, frutas, legumes e azeite extra-virgem, entre outros. Um destes polifenóis é o resveratrol, um dos mais
estudados pelos cientistas. Sua existência já era conhecida no começo do século
20, mas foi somente a partir dos anos 1990 que a substância foi descoberta no
vinho tinto.
Saudado
durante muitos anos como uma espécie de substância milagrosa, o resveratrol é
um composto que, segundo os pesquisadores, poderia retardar o envelhecimento e
combater o câncer e a obesidade.
A maioria dos
estudos testou o resveratrol em cobaias de laboratório como peixes,
camundongos, ratos e até em leveduras. Até o momento, os testes em camundongos
revelaram resultados animadores, mas ainda não foram encontradas evidências
sobre a eficácia em humanos. (BBCBRasil)
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