Qual a origem do beijo na boca?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWhimnS2vcCMRgYuuLPRV4DhX6Tmia49lVhflLSvs8jYNywt4CWRRmyXRjnWtnIlpaYxfYhfLY7a89HuK6E3mgo0veF9u3CyPuv-Fq6lTFMq1Yo2dfnSIEfwRzuCSG58VbG1Q1woGfQe8/s200/beijo.jpg)
Beijo grego e persa
Na Antiguidade, os homens persas do mesmo nível hierárquico trocavam
beijos na boca em sinal de respeito. Caso um dos homens fosse de um
nível inferior, deveria beijar o rosto do outro. Na Grécia Antiga, por
volta de 300 a.C., o hierarquia também determinava onde beijar. A quem
fosse da mesma classe, era permitido trocar um beijo no rosto ou na
boca; agora, quem fosse considerado inferior deveria se contentar com um
beijo no rosto. Outra curiosidade: para homenagear os deuses, os gregos
passavam as pontas dos dedos na boca e tocavam em obras de arte. Era
uma demonstração de respeito e amizade aos deuses.
Súdito, só se beijar o pé…
Na Roma Antiga, a ordem social também estabelecia as carícias trocadas. Existia o beijo basium, dado na boca entre conhecidos; o osculum, entre amigos íntimos; o suavium, entre
amantes. Lá, quem era nobre influente tinha permissão para beijar os
lábios dos imperadores; agora, quem tinha menos poder só tinha farol
verde para beijos nas mãos. Quem era súdito, então, deveria se ajoelhar e
dar uma bitoca no pé do Imperador.
Beijo na Renascença
Na Inglaterra da Renascença, a população já era beijoqueira. Quem ia
visitar um conhecido deveria, em sinal de respeito, beijar o anfitrião,
sua esposa, filhos e até os bichos de estimação. Todos na boca! Mas nem
sempre os ingleses foram tão liberais. No século 15, o rei Henrique VI,
para evitar a proliferação de doenças, proibiu que os ingleses se
beijassem. Mais tarde, no século 17, Oliver Cromwell proibiu a troca de
beijo aos domingos. Quem desrespeitasse a lei poderia até ser preso.
Beijo brasileiro do século 18
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK2PewtDpGwV9rD2FK7x6ABjyufBZEC7e08J-b1hj7ldBS_M5p3xcasNe0Zw1cQO8Z61qvmIn48J8gnh0l5HzEwSiKTt8CgIVjGpQoej7RAoluF4Po8W8JP2qsZzIY8KvqjLyP-D8kopc/s200/beijo+nocinema.jpg)
Beijo de esquimó
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5o0hbtX8V06bfsCPzpcceKzcvpL7x-E5f12PXmRDqMjmy-1bikNwA-7FkINSrV6qN61ys5Ub7YRVWpxuBpnEPqNvzRcB5iYqodUInH7cN0vLMWkf2xVfCuh5gMPELV5eR7-5wmtNdFmQ/s200/beijos+de+esquimo.jpg)
Vai um beijo na axila?
Mesmo hoje, o beijo tem diferentes significados. Na África do Sul,
por exemplo, trocar saliva é um ato repulsivo para a tribo dos thonga
(lá, a boca é encarada como a fonte da vida e o dono deve ter cuidado
para não a contaminar). Nas Ilhas Trobriand, no Pacífico Sul, rola o
contrário: antropólogos já observaram que a população passava horas se
beijando (e dando umas mordidinhas no parceiro!). Ficou impressionado?
Então, prepare-se: se você fosse de uma tribo da Nova Guiné, ao invés de
dar um beijo de despedida, teria que dar uma passadinha de mão na axila
do companheiro e, depois, esfregar o cheiro dele no seu próprio corpo.
Você encararia?
E o beijo de língua?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDJpShKZh3REz4M2C1eEa4Igy7m3m57B0-6rcmQ1gXaCCh2DfWDWmAD2GmmsOT8jaBlOa5EzLy13Hn21e-kCWwJM5YcAH9gaErxtBIqJ8zCMYs5L_krlB1nzvTJKxjHLkFvBQgpXiLKao/s200/beijo+na+boca.jpg)
Para saber mais
“História íntima do beijo”, de Julie Enfield (Editora Matrix)
Nenhum comentário:
Postar um comentário