A
disponibilização do auxílio emergencial para quase metade da população
possibilitou que proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de extrema
pobreza atingisse a sua menor marca em, pelo menos, 40 anos, segundo um
levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O estudo
mostra que 3,3% da população vivia em junho com renda domiciliar per
capita de US$ 1,90 por dia - o equivalente a R$ 154 mensais por membro
da famílias. São 6,9 milhões de pessoas.
Um
mês antes, em maio, a proporção da população vivendo abaixo da linha de
extrema pobreza era de 4,2%, o equivalente a 8,8 milhões de pessoas,
conforme o levantamento, que se baseou na Pnad Covid, pesquisa do IBGE
que acompanha os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro.
O
economista Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV e autor dos cálculos,
acrescentou que o auxílio tem forte impacto na extrema pobreza por seu
alcance e valor elevado, de R$ 600 mensais. Em uma família de três
pessoas, por exemplo, o valor per capita do benefício seria de R$ 200,
acima da linha de pobreza extrema.
Foto : Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário