O
trabalho em casa foi estratégia adotada por 46% das empresas durante a
pandemia, segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise covid-19. O
estudo elaborado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) coletou,
em abril, dados de 139 pequenas, médias e grandes empresas que atuam em
todo o Brasil.



O percentual de companhias que adotou o
teletrabalho durante a quarentena foi maior no ramo de serviços
hospitalares (53%) e na indústria (47%). Entre as grandes empresas, o
índice das que colocaram os funcionários em regime de home office ficou
em 55% e em 31%, entre as pequenas. Um terço do total das empresas (33%)
disse que adotou um sistema parcial de trabalho em casa, valendo apenas
em alguns dias da semana.
De acordo com o estudo, 41% dos funcionários
das empresas foram colocados em regime de home office, quase todos os
que teriam a possibilidade de trabalhar a distância, que somavam 46% do
total dos quadros. No setor de comércio e serviços, 57,5% dos empregados
passaram para o teletrabalho, nas pequenas empresas o percentual ficou
em 52%.
Outra estratégia que teve destaque entre as
empresas foi a antecipação de férias, adotada por 46% das companhias,
com maior adesão das grandes (51%) e do setor de serviços hospitalares
(80%). A redução da carga de trabalho com redução de salário foi usada
por 23% das empresas e 12% disseram que tiveram que demitir durante a
pandemia.
Dificuldades
O estudo aponta que 67% das companhias relataram dificuldades em implantar o sistema de home office.
A familiaridade com as ferramentas de
comunicação foi apontada como obstáculo por 34% das empresas, assim como
o comportamento dos funcionários ao acessarem os ambientes virtuais
(34%). A atuação das áreas de tecnologia da informação foi um ponto
levantado como dificuldade por 28% das empresas.
Poucas empresas ofereceram suporte material
aos funcionários para implantação do teletrabalho: 9% ajudaram nos
custos de internet e 7%, nos custos com telefone.
Após a pandemia
Apesar das dificuldades, 50% das empresas
disseram que a experiência com o teletrabalho superou as expectativas e
44% afirmam que o resultado ficou dentro do esperado. No entanto, pouco
mais de um terço (36%) disse que não pretende manter o trabalho
a distância após o fim da pandemia. Um percentual semelhante (34%) tem a
intenção de continuar com o teletrabalho para até 25% do quadro. O
restante (29%) quer manter o home office para pelo menos 50% do quadro
ou até todos os funcionários. (Agência Brasil)
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