Pacientes
com o novo coronavírus que estão internados no Instituto do Coração
(Incor) do Hospital das Clínicas de São Paulo vão passar a utilizar, a
partir de amanhã (16), ventiladores pulmonares que foram desenvolvidos
pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Esses
ventiladores receberam o nome de Inspire e foram desenvolvidos em apenas
quatro meses por uma equipe de 200 pesquisadores, que receberam doações privadas de cerca de R$ 7 milhões.

O Incor vai utilizar dez desses
ventiladores. “Estes equipamentos demonstram a capacidade dos
pesquisadores, professores e alunos da Universidade de São Paulo que
desenvolveram em apenas quatro meses - e a um baixíssimo custo - a
produção de respiradores. Ainda em pequena escala, mas que ao longo do
tempo e gradualmente ganhará condições mercadológicas”, disse João
Doria, governador de São Paulo.
A expectativa é de que esses ventiladores
comecem a ser produzidos em larga escala, após receberem autorização e
cumprirem algumas exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Uma parceria entre o governo paulista e a Marinha prevê a
produção de dez a 20 equipamentos por dia.
Esses ventiladores foram produzidos com
custo reduzido e tecnologia majoritariamente brasileira. No início do
processo eles custavam em torno de R$ 1 mil. Mas com a alta do dólar e
aumento de requisitos para a sua construção, os pesquisadores acreditam
que o custo unitário gire agora entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, sem
considerar os impostos. Um respirador disponível no mercado custa em
média R$ 15 mil.
O equipamento produzido pela USP pode ser
usado tanto em casos de média complexidade como nas ocorrências de
infecção por coronavírus que exigem terapia intensiva. (Agência Brasil)
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