domingo, 13 de dezembro de 2020

Histórias da Princesa

        
            Hoje
, em Histórias da Princesa, publicamos a terceira e última matéria da série sobre a Santa Casa de misericórdia de Feira de Santana. A primeira que publicamos contamos a história da fundação da Santa Casa e os primórdios do Hospital Dom Pedro de Alcântara que por ela é mantido. Na semana passada falamos da trajetória do próprio hospital, que esteve prestes a fechar as portas, bem como a recuperação e manutenção do Cemitério Piedade.  Na matéria de hoje contamos sobre a fundação da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia,que trata pessoas com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com moderna tecnologia, e do Instituto de Cardiologia que tem um moderno Centro Cirúrgico onde realiza cirurgias cardíacas também pelo SUS, e está se qualificando para fazer transplantes de coração. Lembrando também que já realiza transplante de rins há algum tempo.Este ano, mesmo com a pandemia, até o mês de agosto foram feitos mais de 30.

HDPA: Como surgiram a Unacom e o Incardio

        


Quando o Ministério da Saúde baixou uma portaria dando prazo para que as clínicas que tratavam pessoas com câncer parassem de dar esse atendimento, que deveria passar a ser feito em hospitais adequados para tal fim, o então provedor da Santa Casa de Misericórdia, Dr. Outran Borges, convidou os diretores das três clínicas que prestavam este serviço em Feira de Santana, oferecendo-lhes um terreno localizado nos fundos do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), para que ali fosse construída uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), a ser gerida pelas três clínicas, através de convenio firmado com a Santa Casa. O contrato foi feito e em 20 anos a construção passaria a integrar o patrimônio da Santa Casa e as empresas poderiam renovar o contrato por mais 10 anos. À época a UNACON foi inaugurada prestando apenas serviços de quimioterapia e realizava cirurgias oncológicas. A partir do dia 27 de setembro de 2012, a unidade passou a oferecer também tratamentos em radioterapia e braquiterapia.

Dada à seriedade com que a Santa Casa era gerida, desde que sofrera uma intervenção e fora empossado um novo provedor, o Ministério da Saúde acenou com a doação de um aparelho de radioterapia. Em contra partida a Santa Casa teria  que  investir cerca de R$ 2 milhões para construir, anexo à UNACON,  um “bunker” que é uma espécie de casamata blindada para evitar a dispersão da radioatividade emitida pelo aparelho, o que poderia causar contaminação nas pessoas que por ali transitassem.


Em parceria com as clínicas que administravam a Unacon, o investimento foi feito, o aparelho foi montado e pacientes de Feira e região passaram a receber, além dos tratamentos convencionais para câncer, também tratamento em Radioterapia e Braquiterapia. Tudo isso, prioritariamente, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje a Unacon atente a pacientes de uma região que compreende mais de 3 milhões de habitantes.

Incardio

        


Depois da experiência bem sucedida com a implantação da unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), a diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana passou a almejar também a implantação de serviços de cardiologia no Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA). Após uma primeira tentativa frustrada com um grupo de Salvador, foi firmado um convenio com o Instituto Nobre, mantenedor da Faculdade Nobre, que assumiu a gestão dos serviços de cardiologia do hospital, construindo de imediato um centro cirúrgico equipado com o que havia de mais moderno em cardiologia no mundo, naquela época. 

  

   
Além de cirurgias do coração, o setor de cardiologia do HDPA realizaria também procedimentos de hemodinâmica, (cateterismo, angioplastia, entre outros) e exames avançados, tendo recebido um moderno aparelho de ecocardiografia o que permitiu, inclusive, se realizar ecocardiogramas em fetos ainda no útero materno. Surgiu assim o Instituto de Cardiologia (Incardio), uma grande conquista  para o município de Feira de Santana e região. Vale salientar, que todos os serviços são prestados através do Sistema Único de Saúde (SUS) e planos de saúde, inclusive o Planserv.

Com o avanço do transplante renal, do qual o HDPA é referência na Bahia, houve um anseio da equipe de cirurgia cardíaca em trazer esta técnica que é o transplante de coração para a unidade. Não demorou muito e o HDPA foi credenciado para realização de transplantes cardíacos e o hospital será o único na Bahia a realizar este tipo de procedimento. Trata-se do último tratamento para insuficiência cardíaca grave.

        O processo de habilitação teve início em 2016. Desde estão, a equipe médica está trabalhando para se capacitar a realizar esse tipo de transplante, o que deverá ocorrer dentro em breve.

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