Luis Eduardo Salvatore/ IBS - Foto: divulgação
Conhecer o Brasil
era o maior sonho daquele jovem que, mesmo sem saber direito o que
queria, tinha a consciência de que precisaria sair pelo país para
descobrir… isso há 20 anos. Durante um ano, ele reuniu uma turma de amigos e juntos, decidiram colocar os pés na estrada.
“Literalmente nos jogamos em um Brasil
desconhecido pela maioria dos brasileiros. Um Brasil muito bonito.
Quando realizamos a expedição pelo país e passamos um ano convivendo
com esses personagens, também tivemos acesso a um lado que não tinha
nada de bonito”, lembra o fotógrafo Luis Eduardo Salvatore, fundador do
Instituto Brasil Solidário – IBS.
A viagem, que não tinha muito roteiro, trouxe para a pauta da vida daqueles jovens a percepção de que a educação estava em estado de calamidade na maioria dos lugares que conheceram.
“Ali coexistiam todos os problemas possíveis em um só espaço. Os problemas das escolas nos tocaram particularmente: faltava infraestrutura, saneamento básico, até questões políticas atrapalhavam”, afirma.
“A busca pelo autoconhecimento trouxe para Luiz e seus amigos a descoberta de um mundo muito maior e muito mais necessitado de ajuda do que poderiam imaginar. Ver o que isso se tornou e as proporções que chegaram é inspirador”, contam Iara e Eduardo, Caçadores de Bons Exemplos.
A história
Em 2001, eles começaram a colocar em prática o começo do que seria o Brasil Solidário, com ações de incentivo à leitura.
Aula do IBS – Foto: divulgação
“Levamos bibliotecas e material escolar que havíamos coletado
durante a expedição para comunidades no interior do Brasil. Depois de
quase 20 anos de atuação, pudemos sistematizar o trabalho do IBS desta
maneira: temos uma tecnologia educacional. E ela se baseia
principalmente na formação de professores, como uma rede de
profissionais capazes de fazer a transformação e multiplicar as
experiências para outras escolas municipais, estaduais e territoriais,
oferecendo atividades práticas e complementares”, relata Luiz.
Desde o começo dos anos 2000, o projeto vem trabalhando com temas transversais como incentivo à leitura, novas tecnologias, prevenção à saúde, educação ambiental, artes e cultura e geração de renda.
Mas, também abraçaram a política pública. Criaram escolas-modelo, que estão recebendo capacitação e educação complementar. O projeto acontece ao longo de 30 meses.
“Posso afirmar com segurança: nós temos respostas para os problemas educacionais no Brasil, e essas respostas podem ser multiplicadas. Já atuamos em mais de 500 escolas, impactando mais de 4 milhões de brasileiros, considerando público, direto e indireto. Isso porque, quando você monta uma biblioteca (e nós já montamos mais de 100 em todo país), atrai muitos leitores”, encerra Luiz.
Para saber mais sobre o projeto, acesse o site, o Instagram e o Facebook
Informações do Só Notícia Boa
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