“Eles se amam de qualquer maneira, à vera/ Eles se amam é pra vida inteira, à vera/ Qualquer maneira de amor vale a pena/ Qualquer maneira de amor vale amar/ Qualquer maneira de amor vale aquela/ Qualquer maneira de amor valerá”. Assim diz a canção popular. E eu concordo. Paula e Bebeto lembra Romeu e Julieta, Lampião e Maria Bonita, mas poderia ser qualquer outro casal que se que se ama apaixonadamente por toda a vida. Eu conheci pessoas assim. Casaram-se ainda jovens, muitas vezes com o primeiro amor, e envelheceram juntos. Muitas vezes quando um faleceu o outro não demorou a partir também.
Me lembro de Carlinhos e Angélica, que conheci no ginasial. Não sei se foi um caso de primeiro amor, mas casaram e viveram juntos até que ele faleceu. Viveram sempre um para o outro, fazendo tudo juntos. Dificilmente se via um sem o outro. Luiz e Rosely eram primos e apaixonados desde a infância. Se tiveram outros amores, não foram dignos de registro. Casaram-se ainda recém saídos da adolescência e estão juntos até hoje, com os filhos já criados e alguns netos. Orlando tinha menos de 20 anos e Nildete 16 quando se casaram. Tiveram cinco filhos e hoje têm muitos netos e bisnetos. Estes são exemplos de casos de amor que para os jovens de hoje soam como contos de fada ou estórias da Carochinha.
Os estudiosos da espiritualidade dizem que uma vez unidas, duas almas não se perdem mais. Pode até se encontrarem momentaneamente separadas em outras vidas, porque precisam vivenciar em experiências carnais diversas situações (missões) para sua própria evolução espiritual. Mas no momento certo elas serão novamente reunidas. Aquela sensação que sentimos quando encontramos alguém e temos a impressão de que já conhecemos aquela pessoa, não passa de um reconhecimento de dois espíritos que já se encontraram em outras vidas, mesmo que não estivessem reunidas no amor. Mas quando duas almas se amam, elas se reconhecem e, se esse for o plano divino, elas se reunirão outra vez, pois estão legadas pelo “cordão de prata” que sempre mantém estas almas entrelaçadas.
Eu ouvi vários relatos de pessoas que se casaram com o primeiro amor, passaram a vida juntos e, quando um faleceu, o outro não demorou a partir. “Morreu de tristeza”, dizem. E foi assim que li uma notícia em um jornal sobre um casal assim, que se uniu ainda bem jovens, tiveram seus filhos, seus netos, e vivenciavam a velhice como um casal de namorados. Certo dia o marido precisou ir a um médico para uma consulta e foram juntos, é claro. Quando voltaram, ela foi à cozinha preparar um chá para ele que ficou sentado na poltrona da sala vendo TV. Quando ela voltou, ele continuava sentado lá, só que estava morto. Uma semana depois ela faleceu. “De tristeza”, disseram os vizinhos e amigos.
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