A apresentação faz parte do último Sesc Sonoridades do ano e comemora o dia do samba |
No mês em que se comemora o Dia Nacional do Samba, o Sesc Bahia realiza um evento híbrido
no dia 4 de dezembro, trazendo ao palco do Centro Cultural Sesc Feira de Santana, e ao mesmo tempo no canal
www.youtube.com/
O show recebe o nome de Guardiãs do Samba por juntar no palco três mulheres que mantém viva a tradição, a ancestralidade e o regionalismo do samba de roda em festas populares. Uma homenagem ao Samba e a figura do feminino nas manifestações. A estética na cenografia e concepção do show remete a rainhas africanas e reverencia a mestra Dona Chica do Pandeiro, e no repertório, sambas clássicos, canções autorais e de domínio público. A direção artística do show é de Geovane Mascarenhas.
O evento é o reconhecimento do Sesc a uma das manifestações culturais mais importantes do país e consagrada como patrimônio oral e imaterial da humanidade pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – o Samba de Roda. Nesta noite memorável e de muita cultura, tradição, emoção e história, o público terá a oportunidade de cantar junto com essas importantes figuras do samba no estado.
Ao longo destes 75 anos de atuação, o Sesc direciona seus esforços para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes ao possibilitar o acesso ao bem cultural e aos serviços e atividades em educação, saúde, lazer e assistência.
Show Guardiãs do Samba, com Dona Chica do Pandeiro e Maryzelia, acompanhadas pelo grupo Quixabeira da Matinha, e participação de Juliana Ribeiro
Dia: 4 de dezembro, às 19h
Presencial: Centro Cultural Sesc Feira de Santana
Ingresso: retirado mediante doação de 1kg de alimento estocável, na bilheteria do Centro Cultural a partir de 1º/12, das 14h às 16h.
Transmissão ao vivo:
www.youtube.com/
Sobre as artistas:
Chica do Pandeiro (Feira de Santana – BA, 1949)
Matriarca do grupo cultural Quixabeira da Matinha, de Feira de Santana (BA), Chica do Pandeiro tem 73 anos de arte e muito trabalho na comunidade rural em que mora. Filha de lavradores é a quarta filha de um total de 14 filhos. Chica trabalhou na roça desde os 10 anos de idade, torrando farinha, capinando mandioca, plantando feijão, entre outras coisas, para ajudar os pais. Dona Chica do Pandeiro é compositora e representante do papel de vanguarda assumido pela mulher na salvaguarda e memória do samba de roda baiano.
Maryzelia
Natural de Feira de Santana (BA), Maryzelia traz em seu canto a influência marcante dos tradicionais sambas de roda, samba reggae e de clássicos da MPB. Compõem seu repertório canções de artistas como Cartola, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz, Beth Carvalho e Ivan Lins. Além destes, cantores e compositores baianos como Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Nelson Rufino, Raimundo Sodré e Roberto Mendes também são relidos por Maryzelia em seus shows e apresentações. Todas as interpretações ganham a assinatura da voz marcante e firme da sambista, já reconhecida por públicos da Bahia e do Rio de Janeiro. No carnaval fora de época, Maryzelia já dividiu trios com estrelas do axé music como Daniela Mercury e Margareth Menezes, além do sambista Dudu Nobre. No Rio de Janeiro, a sambista é a única baiana no time de artistas que integram o Projeto Criolice, considerado a maior roda de samba do estado. O movimento cultural, oriundo da zona oeste carioca, busca resgatar e valorizar a cultura de matriz africana. No Criolice, Maryzelia agita o público com interpretações marcantes, além do gingado e da alegria característica da cantora.
Juliana Ribeiro
Historiadora, Mestra em Cultura e Sociedade. Atua como professora de história, cantora, compositora e pesquisadora das expressões musicais e da cultura popular brasileira. Em 2009, lançou seu EP (Extended Play), e em 2011 'Amarelo', seu primeiro CD, cujo repertório retrata a trajetória do samba em três séculos de canção através de ritmos como Lundu, Batuque, Maxixe, Sembas Angolanos e Samba-de-Umbigada. Recentemente lançou o álbum Preta Brasileira que reverencia o empoderamento feminino negro e a fala da mulher atual, com canções inéditas como na canção Preta Brasileira que dá nome ao álbum e composta por Juliana. A pesquisa focada nas raízes do samba permanece norteando o trabalho da artista e se revelam em algumas da faixas do álbum.
Quixabeira da Matinha
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