segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Vacina nasal contra Alzheimer será testada em humanos

 

O Dr. Howard L. Weiner e a codiretora do Ann Romney Center for Neurologic Diseases do Brigham and Women's Hospital em Boston, Massachusetts. Foto: Justin Knight
O Dr. Howard L. Weiner e a codiretora do Ann Romney Center for Neurologic Diseases do Brigham and Women's Hospital em Boston, Massachusetts. Foto: Justin Knight

Uma vacina nasal contra Alzheimer será testada em humanos pela primeira vez, num ensaio clínico no Hospital da Universidade de Harvard, nos EUA.

Os cientistas vão analisar, principalmente, a segurança e a dose ideal do composto. Recentemente, também já começaram os testes da biofarmacêutica sueca Alzinova com outra vacina contra o Alzheimer. O primeiro paciente a receber a dose mora na Finlândia.

Howard L. Weiner, professor de neurologia na Escola de Medicina de Harvard e líder em pesquisas sobre o Alzheimer há quase 20 anos, se prepara para iniciar os testes clínicos da vacina, em formato de spray nasal, desenvolvida pelo seu grupo de estudo.

Prevenção

Com a vacina, os pesquisadores querem prevenir ou retardar a progressão da doença. E para isso o ensaio da Fase 1, em humanos, será conduzido no Brighan and Women’s Hospital, segundo maior hospital universitário da Escola de Medicina de Harvard.

Serão 16 participantes com idades entre 60 e 85 anos. Todos os voluntários estão com Alzheimer em estágios iniciais e não possuem quaisquer outros problemas de saúde relevantes.

Ele vão receber duas doses da vacina com intervalo de uma semana entre elas. Nesse primeiro teste, os pesquisadores devem analisar a segurança do composto e também determinar a dose ideal a ser administrada.

A vacina se baseia no estímulo ao sistema imunológico pra limpar as placas amiloides que são a chave da doença de Alzheimer.

Elas se formam quando pedaços da proteína beta-amiloide se acumulam nas células nervosas, bloqueando as sinapses, região dos impulsos nervosos, o que prejudica as memórias.

Medicamento aprovado

Em junho deste ano, a Food and Drug Administration (FDA), a Anvisa dos EUA, aprovou o primeiro medicamento para o Alzheimer, o aducanumab, mas a decisão veio acompanhada de polêmicas. Ainda não há consenso sobre a eficácia do remédio e mais testes clínicos foram solicitados à fabricante.

Há ainda outros medicamentos à base de anticorpos que podem entrar no mercado no futuro. A farmacêutica Eli Lilly planeja enviar dados de seu remédio, o donanemab, ao FDA até o final do ano. As empresas Biogen e Eisai também estão nessa corrida com seu medicamento, o lecanemab.

Só Notícia boa - Com informações da Superinteressante

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