domingo, 2 de setembro de 2012

Com jeitinho baiano, a 5ª edição da Lavagem de Nova York arrastou a multidão

Conhecida como a cidade que nunca dorme, uma parte de Nova York amanheceu no sábado (1) com um jeitinho de Brasil. Mais precisamente de Bahia. Desde as 7h da manhã já era grande a movimentação numa galeria da famosa Times Square. No local, a produção da Lavagem de Nova York, organizada pela produtora e empresária baiana Silvana Magda, iniciava os preparativos para a quinta edição do evento.
Ao som dos tambores do Batalá, grupo percussivo feminino comandado pelo mestre Giba, em torno de 70 mulheres animaram o cortejo até a chegada das atrações principais: os cantores Magary Lord, Armandinho Macedo, Del Feliz e os convidados Edu Casanova e J. Velloso. Num carro de som, todos os artistas baianos, mais a cantora Luanda Linch, reviveram, em proporções menores, a tradicional Lavagem do Bonfim. Com direito a pessoas vestidas de baianas e de Filhos de Gandhy.
Como todos os anos, o cortejo atraiu uma multidão de curiosos por onde passava: na linha de frente, baianas em seus trajes típicos, dançarinas de frevo e os bonecos gigantes de Pernambuco.
No meio da multidão, o capixaba Renner Schneider fazia questão de mostrar que mesmo sendo branco e nascido em outro estado tinha tudo a ver com a Bahia: “Olhe como estou arrepiado. Eu nasci no estado errado. Deveria ser baiano”, comentou, animado e emocionado.
Del Feliz, Edu Casa Nova, Magary Lord, Armandinho e Jota Veloso.
Enquanto o cortejo seguia seu trajeto, no palco, a banda 5% - que apresentou repertório misturando  Ary Barroso e Jorge Benjor - esperava a comitiva que chegou animada. O vocalista Topera saudou os colegas e chamou ao palco Magary Lord e Armandinho. O guitarrista baiano recebeu uma comenda da Legião da Boa Vontade. Depois, tocou o Bolero de Ravel.
Em seguida, Magary mostrou seu black semba e fez todo mundo dançar ao som de Circulô, Joelho e Inventando Moda, entre  outras. A animação foi tamanha que a criadora da festa, Silvana Magda, que vive nos Estados Unidos,  caiu no semba, com direito a coreografia e tudo. E ninguém achou estranho. Afinal, antes de ser empresária, ela foi dançarina.

Osmar Marrom Martins, de Nova York. Correio

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