terça-feira, 18 de setembro de 2012

Transporte e trânsito: Caos gera piadas, protestos e até propaganda


         Quem dirige ou usa transporte, particular ou coletivo, em Feira de Santana só encontra motivos para irritação e estresse. A confusão é tamanha que gera piadas, protestos e até tema de anuncio de remédio. Os agentes de trânsito sumiram das ruas, veículos estacionam em filas duplas sem que os motoristas sejam admoestados, os semáforos não são sincronizados, faltam áreas para estacionamento, motociclistas promovem barbaridades e cometem toda sorte de infrações, o acidentes ao comuns, enfim, um verdadeiro caos.
              As reclamações da população são muitas. Todos os dias, nas emissoras de rádio, se ouve gente reclamando de alguma coisa. Quem usa transporte coletivo recama muito de atraso dos ônibus, que são velhos e estão sempre quebrando no percurso. Já houve quem dissesse que “o trânsito de Feira é um lugar para se evangelizar e ser evangelizado”, porque constantemente se exercita a paciência, a compreensão e o perdão pelos erros do próximo.

         A piada mais frequente, ouvida principalmente entre os taxistas, é que quem dirige no trânsito de Feira pode dirigir em qualquer lugar do mundo, porque não existe transito pior em lugar nenhum. O estresse adquirido no trânsito feirense é tão grande que virou tema de propaganda de medicamento ansiolítico. Na peça publicitária, o motorista exprime irritação com o engarrafamento e a esposa pede que ele se acalme tomando o medicamento.
          Dessa situação se aproveitam os candidatos para fazer suas promessas e apontar soluções mirabolantes (veja artigo de Dr. Hugo Navarro nesta página). Mas, a bem da verdade diga-se que a cidade chegou a esta situação porque os governantes nunca encararam o problema com a devida seriedade. Para começo de assunto, o secretário municipal de trânsito nunca é do ramo. Quando muito é alguém que esquentou a cadeira da Ciretran por algum tempo, um burocrata que não sabe nada de engenharia de trânsito. Ou então algum político que não se elegeu e recebeu o cargo como prêmio de consolação.
          O governo passado e o atual construíram alguns viadutos que desafogaram um pouco algumas vias, mas ainda é muito pouco. A cidade precisa de técnicos e engenheiros de trânsito que apontem formas relativamente baratas e funcionais, que dêem mais mobilidade ao trânsito de veículos. Metrô e Tri Via estão fora de cogitação, porque são soluções à longo prazo e, no momento, estão fora do poder de endividamento do Município.

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