Os parapentes, dezenas deles, coloriram o
céu da Serra de São José, onde as bolhas de ar quente, as térmicas,
levaram os conjuntos – atleta e equipamento, cada vez mais altos e cada
vez mais distantes, na primeira etapa do Campeonato Baiano de Voo Livre.
A competição trouxe para Feira de
Santana atletas baianos e de vários estados, todos de reconhecida
competência, como Sabiá, referência mundial nos esportes aéreos. O
experiente piloto ilheense Gardenal foi quem birituou, entre os
profissionais.
Birutar, na gíria do esporte, é o atleta
que primeiro decola e nele os outros leem, por meio dos seus
movimentos, as condições do clima lá em cima. A etapa, aberta neste
sábado, será encerrada neste domingo no Morro de São José, distrito de
Maria Quitéria.
Todos ficam de olho na biruta, em
constante ‘conversa’ com o vento. É ela que aponta o melhor momento para
a decolagem. Quando levanta, indica que a velocidade do vento, entre 20
e 25 km/h, é a ideal para que os praticantes de voo livre se lancem com
segurança e aproveitem bem a emoção oferecida pelas térmicas.
Urubus mostravam a todos como aproveitar
bem estas generosas bolhas quentes, deslizando no céu por horas.
Pareciam dizer: é assim que se faz. Os pilotos tentaram e deram shows de
técnicas.
A rota escolhida, em comum acordo entre
os participantes e a organização da etapa, foi a que levava os pilotos
até o Bravo, povoado localizado às margens da Estrada do Feijão, cerca
de 44 quilômetros de distância do Morro de São José. Outro goal, como
são chamados os pontos de pouso, estava localizado em Riachão do
Jacuípe.
O prefeito Colbert Filho viu muitas
decolagens e disse que o local tem potencial, ainda inexplorado, para
atrair turistas e esportistas. “O clima local, com suas térmicas,
favorece o voo livre. Esta condição vai levar a realização de
campeonatos importantes”.
Estiveram no local os secretários de
Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, de Agricultura, Joedilson Freitas
e o chefe do Gabinete do Prefeito, Mário Borges.
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