A comunidade escolar do distrito de
Jaíba aprovou por unanimidade a adesão da Escola Municipal Quinze de
Novembro, da Rede Municipal de Educação, ao modelo cívico-militar. A
decisão foi tomada em audiência pública realizada na própria unidade de
ensino na manhã desta quarta-feira, 25. O debate é motivado pelo
Programa Nacional das Escolas Cívico-militares, de autoria do Ministério
da Educação em parceria com o Ministério da Defesa, que propõe a
implantação de 216 escolas deste tipo no Brasil até 2023.
Participaram do encontro pais,
estudantes, representantes de associações comunitárias, da gestão
escolar e do colegiado de professores, além da diretora do Departamento
de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Jozelia Araujo. A
manifestação de interesse da escola segue para avaliação do Governo
Federal, uma vez que cada estado poderá ter apenas duas unidades de
ensino, de acordo com a iniciativa.
O Programa Nacional das Escolas
Cívico-militares apresenta um conceito de gestão nas áreas educacional,
didático-pedagógica e administrativa, com a participação do corpo
docente da escola e o apoio dos militares. Sua proposta é que militares
atuem no apoio à gestão escolar e educacional, enquanto professores e
demais profissionais da educação continuam responsáveis pelo trabalho
pedagógico.
A aprovação da comunidade escolar é um
dos pré-requisitos para adesão ao modelo. A escola também deve estar em
localizada em zona considerada de situação de vulnerabilidade social e
com baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb); estar localizada na capital do estado ou na respectiva região
metropolitana; oferecer Ensino Fundamental II e/ou Médio e,
preferencialmente, atender de 500 a 1000 estudantes nos dois turnos.
Todos os pré-requisitos são atendidos pela Escola Quinze de Novembro.
A disciplina é uma marca registrada das
escolas militares. Este foi um aspecto destacado pelo professor Marcelo
Martins, gestor da Escola Municipal Quinze de Novembro, que tem
experiência numa unidade de ensino deste tipo. “Eu vim de uma escola
militar e sei que dá certo. E é por isso que eu trago essa proposta para
vocês com tanta empolgação”, defendeu.
A professora Jozelia Araujo parabenizou a
comunidade pela decisão. “Este é um projeto que vem somar, e não apenas
do ponto de vista da disciplina. Agora é o momento de trazermos mais
conhecimento e mais oportunidades para esses jovens que vão sair daqui
para encarar o mercado de trabalho e ter uma vida digna. Para que eles
tenham um caminho seguro e melhor pela frente”, afirmou.
Caso seja uma das selecionadas, a escola
passaria a contar com o apoio direto do 35º Batalhão de Infantaria de
Feira de Santana. A unidade de ensino também receberia recurso da ordem
de R$ 1 milhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, FNDE,
para despesas com materiais, atividades esportivas e de musicalização, e
também para ajudar na aquisição de uniformes – cada estudante terá três
uniformes: um para festas, outro para as aulas regulares e mais uma
para atividades físicas.
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