quarta-feira, 3 de novembro de 2021

A seleção Brasileira da Saúde

        

        O Brasil não é e nem poderia ser um país como outro qualquer. Já pensou no resultado da miscigenação que envolveu indígenas, portugueses, holandeses, italianos, alemães, japoneses, africanos e outras raças menos influentes neste país continental? Se não pensou, pense e imagine em que beleza de “Carnaval” isso resultou. Assim sendo, as coisas não acontecem com a mesma naturalidade e racionalidade que acontecem em outros países. Por isso ninguém se espanta se a mulher mais bonita do Brasil é um homem, e o homem mais bonito é uma mulher. Em que outro lugar no mundo um palhaço é o deputado federal mais votado do País? E apesar de termos um sistema educacional que não prima pela saúde física dos seus alunos, sem programas de práticas esportivas e raros incentivos a alguma modalidade que esteja em moda e que são logo esquecidos, ainda assim conseguimos conquistar muitas medalhas olímpicas.

         Futebol nem se fala. Parece que o brasileiro já nasce com a bola nos pés. Nossos dirigentes são mais desorganizados do que uma feira livre, mas o futebol brasileiro acumula conquistas internacionais e já foi cinco vezes campeão do mundo. E olha que não foi jogando em casa nem com a ajuda de “ka mano de Dios”. O futebol está tão enraizado na mente do brasileiro que quando se quer fazer alguma analogia para explicar algum assunto, por mais sério que seja, se faz comparação com futebol. E as manchetes da imprensa estampam: “Presidente eleito já escalou seu time de ministros”; “O time da Saúde está dando um show de bola contra a Covid”; “Torcida está uma arara com o onze do STF”. “Ministério da Saúde convoca o Rei Pelé pra ajudar a ganhar o jogo contra o tabagismo”. E nas grandes premiações de grandes conquistas “pébolísticas”, sempre aparecem jogadores famosos e lindas mulheres. Sim, porque depois do futebol o que o brasileiro mais gosta é de mulher. Nem todos, é verdade, mas a maioria.

         Assim sendo, e como eu não tenho mesmo o que fazer (Aposentadoria compulsiva é foda. Mal dada. Verdadeira ejaculação precoce), fiquei aqui a imaginar um time para jogar contra o time do vírus chinês. Lá vai: O goleiro seria o Dipirona, é claro. Pega tudo. Dor de cabeça, febre, dores no corpo e, pasmem, até Covid. Pelo menos foi o que disse o ministro Maneta. “Se sentir-se mal, fique em casa, tome um dipirona e quando estiver morrendo por falta de ar, vá a um hospital”. A dupla de zagueiros seria formada pelos irmãos gêmeos, primos do Dipirona, filhos de dona Cibalena. Dimetil Fenofenil e Dimetil Pirazolona. Nas Laterais, duas muralhas que não deixam passar nada. Biotônico Fontoura e Emulsão de Scooth.

No meio de campo, armando, desarmando e chutando em gol de vez em quando, os astros da medicina homeopática. Beladona, Bryonia e Antimônio; A dupla de atacantes, para quebrar qualquer pedreira, romper qualquer muralha, só poderia ser eles. Agarol e Óleo de Rícino.

Vamos Botar pra F*. Já era a Pandemia. Adeus!

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