domingo, 26 de dezembro de 2021

Historinhas políticas – verdadeiras

Comedor de criancinhas     

            Década de 70, um jovem repórter entrevista o professor Wagner Mascarenhas, então  ocupando  cargo em um órgão municipal, na área fabril,  que depois viria a ser o Centro Industrial do Subaé (CIS). Inteligente, brilhante, extremamente simpático, Wagner membro do Partido Comunista Brasileiro,  mantinha excelente relacionamento com os jornalistas que se sentiam à vontade para entrevista-lo. Já preste a concluir a entrevista, o repórter, em tom de blague sai com essa: “Mas excelência dizem que naquele tempo comunista comia criancinhas e agora?”. “Agora, agora eu como qualquer coisa meu filho!” respondeu de pronto Wagner Mascarenhas, e os dois riram à valer!

 Detrator debaixo de chuva

          Comícios, reuniões, visitas de casa em casa, cafezinhos, feijoadas, batismos e consultas a babalorixás e Ialorixás, eram a rotina das lideranças políticas na época das eleições municipais. O bipartidarismo era forte (igual a um Fla x Flu) um grupo bem longe do outro. A direita era farejada facilmente pela esquerda e vice-versa. Não havia mistura como hoje. O MDB realiza visita a um pai de santo, coisa corriqueira. Noite chuvosa, raios, trovões, alguns menos corajosos querendo “tirar o time”.

           O trabalho vai começar quando o respeitado pai de santo faz sua profecia: “Falta alguém, falta um, um espírito detrator (que fala mal dos outros)”. Logo batem na porta com força e, encharcado, entra o membro do partido que estava faltando. A expectativa temerosa virou em puro riso, até porque o retardatário tinha fama de falar mal dos colegas e criar confusões (um detrator).  Por sinal ele está bem vivo!

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