sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Espírito de Natal (a falta de)

         Há alguns dias falei aqui sobre a falta do Espírito de Natal nas pessoas em nossa cidade. Fico relembrando ou vendo fotos e vídeos antigos (alguns nem tão antigos assim) das lojas, casas e ruas da cidade enfeitadas para o Natal. Concurso de vitrines, corais e shows artísticos nas ruas, e até uma bandinha, contratada por alguma entidade representativa do comércio, percorria o centro comercial tocando músicas natalinas, despertando ainda mais o espírito natalino nas pessoas. As iniciativas eram das pessoas ou das organizações sociais e comerciais. O poder público enfeitava as ruas e promovia eventos localizados para comemorar o Natal. A Pandemia nos amedrontou e nos endureceu a tal ponto que ficamos insensíveis até mesmo à alegria do Natal. Curiosamente a festa de aniversário daquele a quem recorremos amiúde nos nossos momentos de adversidade. Eu posso entender que o Poder Público esteja priorizando outros gastos, como pagamento de bonificações de final de ano, controle da pandemia, e recuperação de estragos feitos pelas chuvas, ou seja lá mais o que for, que o deixa reticente em efetuar gastos extras. Não vou questionar o porque. O que me incomoda é a falta de sentimento das pessoas. Há muitas outras formas de se animar a cidade elevando a auto estima das pessoas. E não é apenas com festa e nem com gastos públicos. Bastaria que cada um desse um pouco de si. Você artista, que sempre foi pago por alguém para exercer sua arte, faça-o agora como forma de presentear a cidade onde você vive e trabalha. Você, comerciante, empresário, enfeite sua loja, seu espaço, sua casa. Há muita gente trabalhando silenciosamente para minorar o sofrimento dos seus semelhantes, mas a cidade precisa de alegria, de clima de festa, de crianças brincando e sorrindo, de pessoas felicitando umas às outras, esquecendo por ínfimo momento que seja, hoje, exatamente Hoje, é um dia especial para todos os Cristãos. De minha parte, lhes desejo um Feliz Natal!

Corais

         As igrejas tem corais. Amadores, é verdade. Que animam as celebrações nas igrejas todos os domingos. Se são cristão e estão imbuídos do Espírito de Natal, por que não se reúnem nas praças, nos coretos, no Mercado de Arte Popular, onde quer que seja onde possam levar música natalina para animar as pessoas? Não somos todos irmãos? Deem um pouco de si então para animar os seus irmão que se encontram entristecidos. Onde estão os corais de jovens cristãos, sempre tão animados? E os nossos sacerdotes, por que não incentivam tais práticas? O que os impede?

Músicos

         Durante o ano inteiro se apresentam nos mais diversos espaços da cidade, e são pagos para isso. É verdade que a pandemia os deixou em situação crítica, mas sempre teve algum samaritano (conheço alguns) que anônima ou publicamente realizaram ações buscando minorar suas dificuldades. Agora a cidade precisa de vocês. Por que não dar algum retorno a ela? Se não estão trabalhando, vão a algum lugar e toquem. Se quiser pode apelar para a “bandeja”, haverá sempre alguém disposto a contribuir. E caso não aconteça, lembre-se, se você é cristão, que “Jesus tá te vendo”.

Vizinhos

         Conheço pessoas que moram em casas coladas umas nas outras, às vezes por décadas, que nunca trocaram mais que meia dúzia de palavras. E com a pandemia, a coisa pirou. Então, que tal tentar encontrar o seu vizinho? Bata à porta dele e quando ele abrir lhe deseje um feliz Natal. Não precisa levar presente. Ele já ficará feliz com o seu gesto. Coragem! Tome a iniciativa. Quebre o gelo.

Amigos e amores

         Há quanto tempo você não abraça seus melhores amigos? Mais ainda, há quanto você não os vê? E você que tem alguém que ama, tem demonstrado isso? Amar é mais que palavras. Demonstre sua amizade e o seu amor com gestos. Atitudes bem simples como um telefonema inesperado, um presente, um mimo qualquer, um convite para um passeio, uma festinha, um encontro em algum barzinho, um cinema, uma prática esportiva. Qualquer coisa que sirva para que seu amigo ou seu amor sinta-se lembrado, prestigiado, agradado. E a época melhor para isso é agora. Natal é Jesus, Jesus é amor. Aperte o botão ON do seu coração, ative o amor e distribua entre seus semelhantes.

Mensagem

         Bem, pessoal. É Natal. Embora eu mesmo não esteja nos meus melhores dias de espírito natalino, busquei aqui dar uma injeção de ânimo a todos que acompanham a gente no Blog, lendo esta coluna, as crônicas, as matérias, as mensagens. Sinceramente, estou me estranhando, porque nunca houve força nesse mundo capaz de abalar o meu Espírito de Natal. Mas talvez seja apenas efeito da ausência dos filhos, todos criados e vivendo suas próprias vidas, curtindo seus próprios filhos. De toda sorte, espero que todos vocês que estão se sentindo abalados por conta de tudo que está acontecendo, lembrem do aniversariante  e se mirem nele, peçam ajuda se for preciso, para superar o momento e não perca sua alegria de viver. Estamos aqui, eu e Maura, comemorando juntos o Natal e agradecendo a Jesus por tudo que ele sempre fez por nós. Saúde e felicidade é o que interessa. O resto? Eu não tô nem aí, porra!

P.S. Não! Hoje não tem notícia. Só festa.

Dica Musical

         A minha Dica Musical dessa semana é “Pensamentos”, de Roberto Carlos, na voz de Simone. A letra evoca questionamentos existenciais que assomam à mente humana desde o princípio dos tempos. Quem sou? Onde estou? Por que estou aqui? Onde é aqui? Pensamentos que me afligem. Sentimentos que me dizem os motivos escondidos, na razão de estar aqui. As perguntas que me faço são levadas ao espaço, e de lá eu tenho todas as respostas que pedi”.

            E se estamos todos no mesmo barco, porque somos tão diferentes? “Quem me dera que as pessoas que se encontram se abraçassem como velhos conhecidos. Descobrissem que se amam e se unissem na verdade dos amigos. E no topo do universo uma bandeira estaria no infinito iluminada, pela força desse amor, luz verdadeira, essa paz tão desejada”.

         Só aqueles puderam parar para contemplar o mundo ao seu redor, ver a natureza em ebulição, efervescente de vida, morte e transformação, poderá encontrar respostas para estas tais perguntas. “E assim vejo a razão da existência, contemplando a natureza desse mundo, onde às vezes, aparentes coincidências, tem motivos mais profundo”

         Isso nos leva crer que não existem coincidência, porque tudo que acontece tem um propósito definido, mas dificilmente nos é dado a entender. “Se as cores se misturam pelos campos, é que flores diferentes vivem juntas, e a voz dos ventos na canção de Deus responde a todas as perguntas”.

         Ah! Isso la é verdade. Se não todas, mas já obtive muitas respostas aos meus questionamentos quando me dei ao trabalho de me isolar em algum lugar remoto e “ouvir” o que o universo estava me dizendo. Poucos são capazes de entender isso. Mas, antes, é preciso tentar. Tentar com força de vontade. Quem sabe neste recesso de Natal, você não encontra uma oportunidade e tenta. Que tal?

Philosopher

“Se você o encontrasse, o que diria a ele”?  “Seja bom”

         Num filme, um anjo se mistura com os homens numa missão de contribuir para melhorá-los. Ele encontra um mendigo num banco de praça e este lia um jornal que encontrara no banco. De repente ele protestou em voz alta: “Tanta coisa boa ele poderia fazer, mas não faz nada”!. Se referia a um homem cuja foto estava no jornal e acabara de entrar numa lista internacional dos homens mais ricos do mundo. O anjo perguntou: “Se você o encontrasse, o que diria a ele”? “Seja bom”, disse o mendigo. “Só isso”, perguntou o anjo. “Sim. Só isso. Não seria necessário dizer mais nada”. Retrucou o mendigo. Pensando bem, quando foi que a humanidade começou a piorar? Quando foi que começamos a ignorar os outros e nos preocuparmos apenas com os nossos problemas? Onde ficou aquela gentileza entre vizinhos, que ficavam felizes em ajudar uma aos outros, e hoje nem sabem quem mora na porta ao lado? Quando foi que começamos a ver idosos sendo agredidos nas ruas e fingimos não ver, recolhendo-nos à nossa covardia? Quando foi que começamos a encarar como “normal”, crianças abandonadas nas ruas? Enfim, quando foi que passamos a ignorar os problemas “dos outros”, mesmo sabendo que eles também são nossos, e que essa conta seria cobrada um dia, aqui mesmo, e não em outro mundo? Estamos sendo dominados pelo medo e não enfrentamos os problemas de frente, permitindo que o mais covarde dos políticos fale grosso conosco e nos dê ordens, como se fossemos seus empregados, quando é justamente o contrário.  Jesus disse: “Quem temer pela sua vida, a perderá. Mas quem a perder por mim, viverá eternamente”. Precisamos deixar de covardia e começar a agir como Jesus nos pede, se queremos merecer os seus favores, a sua proteção. Sejamos bons uns para com os outros.

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Por hoje é só que agora eu vou ali comemorar o aniversário de Jesus.

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