Esta
semana, apesar das mazelas diárias que já se tornaram banais, como a violência
e o morticínio, recebemos algumas poucas, mas alvissareiras informações. A
aprovação do orçamento municipal para o próximo ano, embora pequena para o
porte da cidade, trouxe no seu bojo duas alterações certeiras. A primeira foi o
corte de R$ 2,5 milhões da Secretaria de Comunicação Social, que foram
destinados para à Secretaria de Agricultura. Isso se chama avaliação correta de
prioridades.
A outra emenda, também
corretíssima, transfere os recursos vinculados ao custeio da limpeza
pública de Feira de Santana, previstos para a Agência Reguladora de Serviços
Públicos, para a Secretaria de Serviços Públicos, sob o argumento de que Agência,
como órgão fiscalizador, não deve administrar a verba remuneratória da empresa
responsável pelo serviço.
Outra notícia boa é que,
depois de seis anos de governo Wagner, a obra da Avenida Nóide Cerqueira
finalmente teve início e está em andamento. Segundo observadores técnicos,
inclusive, a obra é de boa qualidade. Por sua vez, o porta voz do governo,
deputado Zé Neto, afirma que as obras de recuperação e urbanização da Lagoa
Grande não estão paradas, e “apenas diminuíram o ritmo, por questões momentâneas”
(Ele só não disse que será feito para proteger os jacarés, que estão ficando
expostos à mira dos caçadores).
São boas notícias, sem dúvida.
Mas a cidade precisa e cobra mais ação do governo estadual. O deputado Zé Neto
convocou uma Audiência Pública para discutir as questões do Aeroporto de Feira
de Santana. Discutir o que? O que a cidade espera é o início da obra e sua
conclusão o mais rápido possível. Já se disse e discutiu tudo o que era
necessário, em intermináveis e enfadonhas reuniões.
O mesmo se pode dizer da
estiagem que assola não só Feira de Santana, mas todo o Nordeste. Há mais de 60
anos que se debate o assunto e a situação não muda. Mas a Uefs realizará a 8ª Feira do Semiárido, com palestra proferida
pelo secretário de Planejamento, Sérgio Gabrielli, candidato à sucessão de
Jaques Wagner. sobre o tema “Semiárido e a seca no Nordeste: Planejamento e
Políticas Públicas nos Territórios de Identidade”.
Aí a gente entende a revolta do
presidente do Sindicato Rural de Feira de Santana, que convidado para uma
destas Audiências Públicas convocadas por Zé Neto para discutir a Seca, não
compareceu, e justificou sua ausência dizendo que todo mundo já sabe o que
precisa ser feito. Falta fazer.
Eu já havia dito aqui que este
governador não fez nada por Feira de Santana em quatro anos, foi reeleito com
mentiras e falsas promessas, e lá se vão seis anos e nada. Agora vai tentar
convencer os eleitores que fará em dois anos o que não fez em seis, com sua
conversa mole para boi dormir. Quem não te conhece que te compre.
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