O Taliban, (palavra que significa estudantes) é um movimento fundamentalista islâmico nacionalista
que se difundiu no Paquistão e, sobretudo, no Afeganistão,
a partir de 1994 e
que, efetivamente, governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, apesar de seu
governo ter sido reconhecido por apenas três países: Emirados Árabes Unidos, Arábia
Saudita e Paquistão. Seus membros mais influentes eram simplesmente “ulema” (isto é, alunos e
universitários) em suas vilas natais. O movimento também incluía muitos
voluntários não afegãos do mundo árabe, assim como de países da Eurásia e do
Sul
e Sudeste da Ásia.
É, oficialmente, considerado
como organização terrorista pela Rússia, pela União
Européia e pelos Estados Unidos. Como um movimento político e militar
contra a invasão soviética do Afeganistão,
os talibãs são conhecidos por terem-se feitos portadores do ideal
político-religioso de recuperar todos os principais aspectos do Islã (cultural,
social, jurídico e econômico), com a criação de um estado teocrático.
Depois de implementar um rigoroso
regime islâmico e surpreender o mundo com algumas ações mais extremas,
procederam a destruição dos Budas de
Bamiyan (Patrimônio da Humanidade), que, depois de
sobreviver quase intactos durante 1500 anos, foram destruídos com dinamite e
disparos de tanques. Em março de 2001, os dois maiores Budas foram demolidos em alguns meses de bombardeio pesado.
Porque o governo islâmico do Talibã decretou que as estátuas eram ídolos e,
portanto, contrárias ao Alcorão.
Atividades
banidas do Afeganistão durante o regime Taliban:
Leitura de alguns livros; portar câmeras sem
licença; cinema, televisão,
uso de videocassetes (considerados decadentes e promotores da pornografia
ou de ideias não muçulmanas). Uso de internet. música, artes
(pinturas, estátuas e esculturas de outras religiões). Fotografar mulheres e
exibir tais fotografias; plantio de ópio; rinha de cães; previsão do tempo; barbear-se.
empinar pipas (considerado perda de tempo, além de serem usadas
em rituais hindus).
O regime taliban impedia as
mulheres de trabalhar e tinha regras rígidas sobre a educação feminina. As
mulheres só podiam sair acompanhadas de um homem. Em alguns casos, as
mulheres eram impedidas de terem acesso a hospitais públicos para que não
fossem tratadas por médicos ou enfermeiros homens. As mulheres não podiam sair
de casa sem acompanhantes homens e saíam somente pela porta de trás do ônibus.
As mulheres que eram viúvas ou que não possuíam filhos não eram consideradas
pessoas pelo estado e muitas vezes enfrentavam a fome.
Todas estas informações se fazem
necessárias para que se entenda o que acontece quando se mistura política com
religião (a César o que é de César, a Deus o que é de Deus), e a loucura gerada
pelo fanatismo religioso.Os fanáticos religiosos acreditam unicamente no que
pregam seus líderes e tentam impor à força, destruindo e matando se for
preciso, quem não reza pelas suas Bíblias.
É o que acontece aqui no Brasil,
onde os evangélicos acreditam que já tem reservados seus lugares no céu e que
os membros de todas as demais religiões do mundo irão queimar eternamente no
fogo do inferno.
Aqui em Feira de Santana por
diversas vezes já ameaçaram tomar o poder político e até mudar o nome da cidade
para Feira de Jesus, porque, para eles, Santa Anna, não é Santa, é apenas uma
invenção católica. E se for? Quem tem o direito de negar a crença alheia para
impor a sua própria? Por que tanta intolerância religiosa? Que interesses estão
por trás disto? Deus é único e as leis universais são imutáveis e implacáveis,
independente do que digam os homens, os pseudo doutores da Lei.
E como se não bastasse, o
secretário municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, o neo
evangélico, Magno Felzemburg, se achou no direito de acabar com a festa de
Santa Bárbara, uma tradição de mais de 30 anos que acontece no Centro de
Abastecimento. Do alto da sua intolerância religiosa, ele simplesmente ignorou
o fato de que com o fim da festa prejudica o trabalho de muita gente, afasta os
turistas e prejudica a economia do município, justamente áreas que estão sob a
sua responsabilidade enquanto secretário.
E, diga-se de passagem, com a
conivência do prefeito Tarcízio Pimenta. Este mesmo que no passado levou, literalmente, um banho com água de cheiro distribuído pelas baianas que participaram do evento (foto).
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