"Levanta! Me serve um café que o mundo
acabou” (Eduardo Dusek)
Na semana
passada um cidadão, diante de algumas colocações que fiz a respeito do comportamento
humano atualmente, falou que eu dizia aquelas coisas porque acreditava que o
mundo havia acabado. De certa forma, ele tem razão. O mundo, como eu conheci e
gostava, acabou. Antes eu acreditava que era um problema localizado, no Brasil,
mas a era da internet ampliou minha visão e hoje eu sei que é um problema
global, sendo um pouco mais acentuado aqui ou ali.
Segundo os
estudiosos, era sobre este tipo de fim que a profecia Maia se referia. Um ciclo
termina e outro começa, como tudo no universo. A humanidade está andando na
corda bamba. Ou alcança o outro lado ou cai no abismo. O planeta, apesar de
todas as agressões sofridas, o planeta resistirá e sobreviverá, irá se
recompor. Mas a humanidade poderá ser o carrasco e vítima de si mesma.
Sei que é
difícil para quem está envolvido no turbilhão diário do trabalho, das
necessidades da família, dos desgovernos, da violência urbana, além de todas as
incertezas da vida e da morte, ver com clareza o que acontece à sua volta. Não
é fácil perceber como somos diariamente roubados, traídos, desrespeitados,
enganados e manipulados para acreditar no que os que se acham donos do mundo
querem que acreditemos.
Eu afirmo,
e não espero que ninguém acredite ou concorde comigo, que nada do que se lê,
ouve ou vê através dos meios de comunicação, é o que aparenta ser. Todos eles
estão a serviço de algum grupo econômico, financeiro ou religioso, e manipulam
as informações para nos fazer acreditar naquilo que querem que acreditemos. E
como estamos todos viajando num trem em alta velocidade, dificilmente poderemos
descer dele para observar o que acontece e pensar com calma sobre o assunto.
Alguém irá
perguntar por que então eu tenho certeza do que estou dizendo. Acreditem se
quiserem, mas eu consegui descer do trem. E quando a gente esta de fora é muito
mais fácil perceber a realidade dos fatos. Principalmente quando se percorreu
uma estrada tão rica em informações e conhecimentos quanto a que eu percorri ao
longo dos meus quase 60 anos de idade e mais de 30 de profissão.
O mundo,
aquele em que eu nasci, vivi minha infância e juventude, amei e lutei por ele,
não existe mais. Já criei meus filhos, brinquei com meus netos, cumpri minha
missão. Agora estou empenhado eu outra, mas que não depende apenas mim, outros
darão continuidade. A profecia maia não me afeta em nada.
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