Há três anos, no dia 23 de abril de 2017, partiu para o plano espiritual Jerry
Adriani, o nome roqueiro da Jovem Guarda. Ele tinha 70 anos e enfrentava um
câncer. Foi sepultado no Cemitério são Francisco Xavier no Caju. Hoje, ele continua vivo na memória de milhares de admiradores espalhados pelo Brasil, que mantêm-se fieis, através de fãs clubes, páginas nas redes sociais etc. Apesar de estarmos enfrentando um momento delicado, com a pandemia, o ídolo foi lembrado em várias missas celebradas e transmitidas através das redes sociais, em sua homenagem.
O sangue rock
and roll de Jerry Adriani possuía um comprometimento maior com a gênese do estilo
do que algumas de suas próprias canções demonstraram. Reconhecê-lo por apenas
Doce Doce Amor ou Tarde Demais é conhecê-lo pela metade, reduzir sua
importância.
Jerry não
sofria por fazer o jogo do mercado. Era bonito, tinha charme e tinha voz. Uma
tríade que nem Roberto, Erasmo ou Wanderléa conseguiam reunir individualmente.
E lá se foi o garoto nascido no Brás, com uma banda de rock no currículo
chamada Os Rebeldes, se meter a cantar como galã italiano. Italianíssimo, o
disco, fez sua estreia em 1964, ajudando a regar a terra para nascer a Jovem
Guarda.
Jerry Adriani
O ano em que
a juventude brasileira foi descoberta, 1965, foi também o que confirmou Jerry
como um quadro viável no novo mundo da música pop. Gravado agora em português,
Um Grande Amor faria sua estreia como ídolo de massa, preparando- o ainda mais
para 1967, quando sairia um de seus discos mais vitoriosos, Vivendo Sem Você.
Jerry Alves
de Sousa foi o homem que descobriu Raul Seixas na Bahia, selando seu faro e sua
determinação. Raul era Raulzito, que fazia bailes grã finos de Salvador com seu
grupo, Os Panteras, quando Jerry passou com seu show pela cidade. Ao saber de
Raul (uma das versões diz que Raul não estava nesse dia com o grupo, que só
viria a ser conhecido por Jerry depois), o cantor encafifou-se com a ideia de
que aquele baiano deveria não só ir para o Rio de Janeiro como também se tornar
produtor de seus discos. Saiu-se cheio de argumentos pra cima do poderoso
Evandro Ribeiro, da gravadora CBS, e o convenceu: de 1969 a 1971, os discos de
Jerry seriam produzidos por Raul, e com muitas músicas de sua autoria.
Jerry se foi
no ano em que passaria todas as suas histórias a limpo. Ajudado pelo amigo, o
pesquisador Marcelo Fróes, ele previa uma biografia de muitos causos e o
lançamento de um disco cantando músicas de Raul. Estava feliz, dava entrevistas
vibrantes e abria o coração para falar do passado. Sua obra precisa passar por
uma reavaliação justa e necessária. (MSN)
Veja mais sobre o artista e a desepdida dos amigos e fãs.
Homenagem (tardia) no Fantástico, da Rede Globo de televisão.
O Estadão conta toda trajetória veja aqui.
Matéria publicada há três anos, atualizada hoje.
Veja mais sobre o artista e a desepdida dos amigos e fãs.
Homenagem (tardia) no Fantástico, da Rede Globo de televisão.
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