O estado de São Paulo
teve um aumento de 71,8% no número de mortes em decorrência de covid-19
na semana encerrada hoje (17) em comparação aos últimos sete dias. Nesse
período 388 pessoas morreram devido ao novo coronavírus, segundo dados
divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde. Foi a semana com o maior
número de mortes causadas pelo coronavírus no estado. Desde o primeiro
caso registrado em São Paulo, houve a morte de 928 vítimas fatais pela
doença.
Em relação a ontem, ocorreu o registro de 75
novas mortes no estado, uma elevação de 9%, patamar que tem se mantido
nos últimos dias, segundo a secretaria. O número de casos confirmados no
estado atingiu 12.792, 1.224 a mais do que o registrado ontem (10% de
elevação). De acordo com a secretaria, a fila de testes de coronavírus,
que hoje é de 9,4 mil em espera, deverá ser zerada em cerca de duas
semanas.
Internações
O número de pessoas internadas no Sistema
Único de Saúde (SUS) em unidades de terapia intensiva (UTI) em razão do
coronavírus hoje no estado é 1.039. De acordo com a secretaria, o estado
tem reservado para pacientes da covid-19 de 1.800 a 2.000 mil leitos de
UTI. No entanto, alguns hospitais estão chegando em sua capacidade
máxima de atendimento intensivo. O Instituto Emílio Ribas voltou a ter
100% de suas UTIs ocupadas.
Alguns dos hospitais que também estão
sobrecarregados com o atendimento intensivo são o Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na capital
paulista, com 84% dos seus leitos ocupados; o Hospital Mário Covas, em
Santo André (SP), com 89% de ocupação; o Hospital Geral Santa Marcelina
do Itaim Paulista (82%); e o Hospital Geral de Itapevi (78%).
O secretário de Saúde, José Henrique Germann
Ferreira, voltou a afirmar que o único remédio encontrado contra a
disseminação do coronavírus, até o momento, é o isolamento social. "O
feriado agora [do próximo dia 21] não é férias. Nem é lazer, é ficar em
casa. Cuide de seus idosos para que eles fiquem protegidos.
Infelizmente, esse é o nosso remédio", disse.
Profissionais afastados
A secretaria passou a divulgar hoje também o
número de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado que
estão afastados de suas funções em razão do coronavírus: são 1.557
profissionais, como médicos, enfermeiros, entre outros, removidos do
trabalho em decorrência de terem apresentado síndrome gripal ou por já
terem tido o coronavírus confirmado no organismo.
Para os casos confirmados, o afastamento é
de, ao menos 14 dias; para os suspeitos, 7 dias. Segundo a secretaria,
para suprir a demanda, o governo vai contratar, nos próximos dias, 1.185
novos profissionais da área da saúde. (Agência Brasil)
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