Foram entregues na tarde de quarta-feira (29), na Praça CEU, no bairro
Cidade Nova em Feira de Santana cerca de cem cestas básicas para
artistas feirenses. A ação foi protagonizada pelo cantor e compositor
Carlos Pitta e financiada pela empresária Ozana Barreto, responsável
pelo Grupo Boticário na cidade.
Os artistas contemplados com as cestas passaram por um cadastro prévio e
são aqueles que estão em situação emergencial. Devido a pandemia do
coronavírus (Covid-19) e suspensão de shows e eventos, a maioria que tem
a arte como única fonte de renda, está passando por dificuldades
financeiras.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
O forrozeiro Zé Araújo foi um dos artistas contemplados com a cesta
básica. Ele contou ao Acorda Cidade que é sanfoneiro há mais de 50 anos e
está parado, sem poder se apresentar em eventos. Essa pausa nas
apresentações motivada pelo coronavírus, trouxe reflexos econômicos e
atualmente ele está contando com ajuda de familiares e amigos para
suprir as despesas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“O mundo e o Brasil pararam por causa do coronavírus. É uma situação
muito difícil, principalmente para os artistas menores que não estão na
mídia. É um momento de tristeza e sofrimento. A gente fica muito grato
ao cantor Carlos Pitta, o produtor Toinho Campos e a empresária Ozana
Barreto do Grupo Boticário em nos dar essa força. O que eu faço é tocar e
cantar e eu estou agora cantando e tocando dentro de casa para a minha
família. Eu tenho 62 anos, sou sanfoneiro, desde os 4 anos de idade e
tenho fé em Deus que tudo vai passar e tudo ficará bem”, comentou.
O cantor Jorge de Angélica também recebeu a cesta básica e contou que
também tem fé que a pandemia vai passar. Ele considerou o momento como
muito difícil e pediu para que as pessoas não desistam e continuem
acreditando que tudo vai passar.
Jorge declarou que está contando com a ajuda de familiares e da esposa para pagar as despesas, além da providência divina.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Ainda não está faltando alimento porque Deus nos abençoa. Tenho a ajuda
dos familiares, da minha companheira e de Deus. Agora também desse
grupo de artistas que está nos fortalecendo. Estou com 61 anos de idade e
40 anos de música. Eu não desisto. A luta continua. Pedimos a Deus que
essa pandemia tão infeliz passe e a gente possa voltar a alegrar a
humanidade e a comunidade com a nossa música”, afirmou.
A empresária Ozana Barreto, relatou que decidiu abraçar a causa da
doação das cestas básicas, após conversar com o amigo Carlos Pitta e
segundo ela, abraçou com o coração e como forma de devolver o sucesso e o
reconhecimento que o Grupo Boticário tem na cidade.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Quando Carlos Pitta me trouxe toda a situação dos artistas populares de
Feira de Santana, que eu tanto amo, prezo, que desde pequena eu vejo na
rua, quem faz a alegria da cidade, quem dá colorido, eu pensei na
necessidade das pessoas, na pandemia, no número de pessoas acometidas
com esse vírus, no número de mortos, no número de pessoas que poderão
ainda ser vítimas. Esses arititas vivem do que tecem e é um dinheiro
pouco. Essa ação é uma forma de devolver a minha cidade tudo que ela me
deu. Somos uma empresa próspera, que deu certo, os clientes são fieis e
agora é momento de devolver não é momento de pensar em lucro”,
salientou ao Acorda Cidade.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
A empresária se comprometeu a doar mais cestas básicas nos meses de maio e junho.
O cantor e compositor Carlos Pitta estava muito feliz com a doação das
cestas básicas. Ele agradeceu a Deus e a Ozana Barreto pela ajuda aos
companheiros artistas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Eu tive a iniciativa de procurá-la , usar do meu prestígio pessoal com
ela e da minha trajetória como artista para beneficiar meus colegas.
Poder ajudar aqueles que estão na estrada junto comigo. Deus conspirou
ao nosso favor e é muita alegria saber que eles terão comida na mesa”,
finalizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
Um comentário:
Lamentável que esse auxílio lindo está restrito e limitado a artista de orientação política de esquerda. Que nojo dessa seletividade. Zero pra Carlos Pitta zero pra Ozana e zero pra imundícia chamada esquerda no Brasil. Tamb.sou artista feirense, também tenho o mesmo problema mas com uma.diferenca não faço parte do "grupo seleto" ..
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