sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Arco-íris

Antigamente o mês de setembro era festejado por conta do colorido das flores da primavera, que começa no dia 21, alegra nossos olhos. Alie-se a isso, além do perfume das flores, o colorido e o canto dos pássaros, com direito ainda a sol, praia e vento fresco. Mas estão pintando outras cores no mês de setembro, que o estão tornando desagradável.  Setembro Verde, para chamar a atenção para o tratamento de câncer intestinal e promover a conscientização sobre a doação de órgãos; também dedicado a dar visibilidade à inclusão social da pessoa com deficiência. Amarelo, para prevenção ao suicídio, e Vermelho, para doenças cardiovasculares. Pelo andar da carruagem logo teremos um arco íris bem diferente daquele que costuma brilhar no céu alegrando nossos olhos. Eu hem? Não tem um modo melhor para denominar essas campanhas não? Sei que elas são necessárias, mas estão entristecendo o mês mais alegre do ano, depois de dezembro.

Suicídio

         Conheci muita gente que dizia: “suicídio é coisa de otário. A pessoa morre e tudo fica aí”. E algum tempo depois, suicidaram-se. Eu ouço muita gente procurando explicar por que isso acontece. Gente que não demonstra estar com nenhum problema, de repente suicida-se. Fala-se muito em traumas psicológicos, busca-se psicanalistas, remédios, mas nada parece resolver. Quando eu olho para o passado, e me lembro que suicídio era raríssimo, e procuro entender por que, eu me lembro de alguém dizendo: Não temos esse negócio de psicanálise aqui não. Quando alguém tá com algum problema, a gente conta para algum fofoqueiro da cidade, todo mundo fica logo sabendo e o problema tá resolvido. Eu acho que é por aí.

Karaokê no Acorda Cidade

         Ouvi com bons ouvidos a chegada do quadro “Karaokê” no programa Acorda Cidade. Até comentei com Dilton Coutinho de que eles deveriam evitar que profissionais participassem, para não inibir alguns talentos. Tem muita gente por aí aguardando uma oportunidade. Mas o quadro está perdendo qualidade. Creio que, para não desagradar quem envia suas gravações e não as ouve no quadro, estão colocando no ar tudo, ou quase tudo, que chega ao estúdio, sem um critério de qualidade. O antigo quadro, Acorda Saudade (ótimo nome) que apenas relembrava antigos sucessos e tinha grande audiência, mudou o nome para Play List (péssima ideia), e dividiu o horário com o Karaokê. Talvez esteja aí o “xis” do problema. Tem que preencher o horário. Mas, pelo amor de Deus, não em prejuízo dos ouvidos dos ouvintes. Melhor seria continuar com o Acorda Saudade, sem horário fixo para terminar, ficando o Karaokê em segundo plano, utilizando apenas o tempo necessário para os bons áudios selecionados previamente por alguém que entenda um mínimo de música, e não apenas com base nos critérios pessoais ou de atender a todos. Quem não tivesse seu áudio executado saberia que teria que melhorar a qualidade ou desistir. Nossos ouvidos agradeceriam penhoradamente.

Assobiar ou chupar cana

         “Seria muito bom, seria muito legal, se cantor ou compositor, pudesse ser ator ou jogador de futebol” (Benito de Paula”). Eu adoro ver um casal que sabe dançar, dançando. Mas eu mesmo, não danço. Muito mal arrisco uns passos com Maura (ela sabe dançar) em um forró. Mas admiro quem sabe. Mas eu canto. Sabem o porquê? Porque sei cantar. Não o suficiente para ser profissional, mas não faço feio numa seresta ou num karaokê. Pois é. Quem assobia não chupa cana.

O nome de cada um

         Havia um ex-jogador do Bahia de Feira, que participava de um baba no campo do antigo Cedin, no Tomba, onde eu também dava meus chutes. Ele chamava todo mundo de “Guel”. As pessoas não percebiam por que, mas se percebiam não diziam, fingindo que não entendia. É que na simplicidade da sua mente, ele achava que estava zoando os outros com a sua “esperteza”. Ele havia aprendido que garota, em inglês, é Girl, que se pronuncia “Guel”. Era conhecido como Luiz de Dão (que muito jornalista grafava “Didão”. Mas era apenas uma alusão ao pai dele, que todos chamavam de “Dão”, e ele era o Luiz, filho de Dão, que também é um apelido. É um costume de pequenas cidades que vem desde a idade média, e em alguns lugares foram incorporados como nome ou sobrenome, geralmente, para se referir à origem da criança. Muitos cristãos novos incorporaram como sobrenome suas profissões ou elementos da natureza, e outros tantos, a referência ao pai. Daí que temos Fulano sapateiro (Schumaker), Sicrano Ferreiro (Smith), e por aí vai. Entre os escoceses a partícula Mc, significa, filho de. Tipo Paul Mc (filho de) Cartney. Aqui em Feira de Santana temos o músico Tonho De (filho) Honorina. E ele, espertamente, assimilou e grafa como Dionorina. Mas, qual é mesmo o seu nome?

Marina e Ciro

Soube que estão pensando em formar uma chapa para disputar as eleições de 2022, com Marina Silva pra presidente e Ciro Gomes como vice. Vai ser a chapa da Tartaruga com o Cangaceiro. Eu aposto no Coelho.

Olha pro teu rabo macaco

         Foi divulgado pela imprensa essa semana que um órgão do governo do Estado compara o centro de Feira de Santana com “uma favela”. E é verdade. Mas o governo municipal está executando o “Projeto Centro”, que já construiu um espaço na área do Centro de Abastecimento, área nobre da cidade, o Shopping Popular”, para onde serão relocados todos os vendedores ambulantes e donos de barracas que tomam as calçadas no centro comercial, tirando a mobilidade dos transeuntes e veículos, enfeiam a paisagem e sujam as ruas. Mas o deputado Zé Neto, que é candidato a prefeito, tem feito de tudo para impedir a transferência dos camelôs para o novo espaço. Por que será?

Dica musical

                A minha dica musical hoje é, Saga da Amazônia, de Vital Farias. Nestes tempos em que o Brasil vem sendo atacado sistematicamente por países interessados nas riquezas da Amazônia, sob a falsa premissa de que não cuidamos do nosso meio ambiente, essa música vem bem a calhar. Antes, porém, é necessário dizer que a grilagem de terras só passou a chamar a atenção a partir dos anos 70. E desde então se descobriu que grileiros tinha uma forte atuação por lá, derrubando a mata para tirar madeira ou para fazer pastos para o gado. “Grileiro mata posseiro, só pra lhe roubar seu chão, Castanheiro, seringueiro, já viraram até peão, afora os que já morreram como aves de arribação. Zé de Nana tá de prova, naquele lugar tem cova, gente enterrada no chão”.

Mesmo quando a grilagem começou a ser combatida, pouco ou nada mudou, porque a Justiça quase sempre dava ganho de causa para o grileiro que podia pagar advogados. Mais recentemente, descobriu-se um problema muito maior. Países estão enviando mineiros e lenhadores para roubar nossas riquezas, e até a nossa biodiversidade vegetal está sendo roubada debaixo dos nossos narizes. E os agentes estrangeiros chegam disfarçados de ambientalistas, engajados em centenas de ONG internacionais, e, pasmem, até nacionais, que corrompem e enganam os indígenas para roubar mais facilmente. Esse é o quadro real, e só pode ver e perceber de verdade quem vai até lá, e não quem fica sentado na frene de um computador assistindo aos documentários da Natgeo ou Discovery. Ouçam com atenção e sem preconceito a música.


Philosopher

“Leva-se dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar a boca”. (Ernest Hemingway)

         Alguém já disse que o silêncio vale ouro. Mas outro alguém disse também que existe hora para falar e hora para calar. E mais alguém completou: É preciso saber a hora certa de agir. Há muita filosofia sobre esse assunto. Para mim, a melhor é a das três peneiras. Consiste em saber o que fazer quando se toma conhecimento sobre algum fato. Antes de divulgá-lo passe-o pela peneira da verdade. Tenha certeza de que a informação é verdadeira; A segunda peneira é a da bondade. Se aquela informação for divulgada vai causar mal ou bem à maioria das pessoas? A terceira peneira é a da utilidade. Se a informação é de utilidade para a maioria, então, sim. A informação deve ser divulgada. Caso contrário, cale-se. E é sempre bom lembrar que um homem sábio fala por que tem algo para dizer. Um tolo fala porque tem que dizer alguma coisa.

 *_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*

Por hoje é só que agora eu vou ali que eu tenho um monte de informações úteis para dar a muitas pessoas

Nenhum comentário: