No início da gestão da diretoria que
tinha como provedor o Dr. Outran Borges, o cemitério Piedade, que também é
mantido pela Santa Casa se Misericórdia, encontrava-se em completo caos
administrativo. De dia ou de noite vândalos invadiam o cemitério para usar
drogas, fazer sexo e roubar túmulos, subtraindo tudo que encontrasse de valor.
A situação chegou a tal ponto que o cemitério virou referência de má
administração para as propagandas de outros cemitérios geridos pela iniciativa
privada. O contrato da venda de túmulos prevê que a manutenção do equipamento
compete aos familiares do falecido. A administração do cemitério não pode
sequer promover a limpeza e pintura dos túmulos. Cabe a administração manter as
áreas de circulação limpas e desimpedi-las, bem como toda infraestrutura
administrativa necessária para a realização de sepultamentos e celebrações na
capela. A diretoria da Santa Casa contratou então o senhor, Daniel Rios, que, com
muito trabalho, competência e criatividade, conseguiu não só afastar de lá os
vândalos, como melhorar consideravelmente todas as instalações da área,
inclusive nos quesitos de limpeza, iluminação e fornecimento de água. Hoje, o
que era uma dor de cabeça e prejuízos é motivo de orgulho para a instituição.
Em todos estes aspectos a diretoria da
Santa Casa agiu sozinha, buscando parcerias apenas na iniciativa privada, no
que foi muito bem sucedida. Em alguns casos fez parcerias com os governos
municipal e estadual e, por extensão, o federal. Nestes casos algumas coisas
deram certo e outras não.
Por outro lado, algumas parcerias não
foram bem sucedidas, o que ocasionou em atrasos de salários de médicos e
ameaças de greve. O que quer dizer que quando a relação é com o poder público,
nem sempre o sucesso é garantido. Ou seja: quando há vontade política o poder público
pode ser um bom parceiro para a iniciativa privada, principalmente, para
aquelas que não tem fins lucrativos. Mas, quando envolve interesse político
eleitoreiro o poder público já ajudaria muito se não atrapalhasse.
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