Quando pensávamos estar nos livrando do pesadelo da pandemia de Covid, eis que surge a Ômicron, uma variante com potencial de mutação enorme e, embora as pesquisas apontem para uma mutação que cause sintomas leves, é ainda pouco conhecida, mas muito temida pela sua facilidade de transmissão ser a maior dentre todas. Há também a possibilidade das vacinas atuais não servirem contra ela e muitos já tem entrado em pânico novamente. Estamos vendo os países da Europa mais uma vez fecharem suas fronteiras, recomeçarem o isolamento e redobrarem os cuidados. Em nosso país, apesar da situação estar muito controlada, há cidades voltando a fazer lockdonw e os EUA já estão anunciando a retomada de medidas e estratégias para lidar com essa nova variante.
Por que será que está tão difícil vencer esse vírus?
Apesar de nosso mundo já ter enfrentado muitas pandemias outras vezes e ser até comum a volta delas de 100 em 100 anos, a que enfrentamos atualmente já matou mais que a Gripe Espanhola e se difere das demais pelo fato de estarmos lidando com um vírus com extrema facilidade de mutação cujo desafio a ciência considera o maior já enfrentado pela humanidade. O maior problema é onde essas mutações poderão chegar e o medo maior é que surja uma cuja transmissão e letalidade sejam incontroláveis.
Os espíritos superiores tem dito que essa dificuldade em encontrar a solução para esse problema está na dificuldade de transformação interior da humanidade. Apesar de tudo que já enfrentamos nesses quase dois anos de pandemia o ser humano continua egoísta, materialista, iludido pelas coisas de fora que não levam à felicidade, representando papéis, longe da humildade, da simplicidade, cultivando valores invertidos, longe da evolução e do amor a si e ao próximo.
Enquanto a humanidade não mudar até X índice de transformação a ciência não conseguirá vencer esse vírus e a Vida vai prosseguir apertando o cerco e os próprios espíritos superiores não sabem ao certo o que será de nosso mundo visto que tudo depende muito do nosso comportamento, da nossa mudança interior, da nossa transformação moral. Se quisermos vencer precisaremos dar vários passos para trás revendo muita coisa e de como foi que nos perdemos de tal maneira que foi necessário o surgimento de um vírus tão perigoso quanto esse para nos fazer acordar da hipnose do materialismo. É todo mundo só pensando em si, intolerantes, preconceituosos, egoístas, ávaros, violentos, pessimistas, convenientes, a maioria incapaz de um gesto de verdadeira caridade a não ser quando lhes convém.
Infelizmente nota-se que a maioria não quer mudar, prefere a escuridão ao invés da luz, as trevas ao invés do esclarecimento, o ódio ao invés do amor, a mágoa ao invés do perdão.
Vamos refletir em que contexto desse nós estamos inseridos e fazer o máximo de esforço para mudar. Cabe a nós o futuro e, mais do nunca na história do mundo, ele está em nossas mãos.
Não é possível voltarmos mais ao normal porque o normal era justamente o problema. Li essa frase em algum lugar e sei que ela representa uma grande verdade. Vamos refletir e mudar. Esse é o preço de continuarmos vivendo nesse mundo.
*Maurício de Castro é professor e
escritor espiritualista. Publicou dezenas de romances
psicografados, ditados pelos espíritos Hermes e Saulo.
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