quinta-feira, 16 de junho de 2022

 *Philosopher*

O ser humano é o único animal que necessita de um líder para viver”.

(Immanuel Kant)

             Talvez na sua amargura e descrença na capacidade de pensar por si mesmo, Kant possa ter dito isso, mas que não é uma verdade absoluta, pois os indivíduos podem viver sós e guiar seus próprios passos, tomar suas próprias decisões. Contudo, quando em grupo parecem sentir uma imensa preguiça de raciocinar e desenvolver ideias próprias, pondo-se as a repetir fórmulas prontas do bem viver, sem se preocupar em buscar, descobrir e desenvolver fórmulas novas. Graças a Deus, existem os inquietos e indomáveis, que nunca se satisfazem com as respostas simplistas que lhes dão para suas perguntas. Por exemplo: Se eu perguntar aqui quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, dificilmente alguém vai me dar uma resposta que me seja satisfatória.

            Da mesma forma não creio que alguém me dê uma boa explicação para o surgimento da vida no planta terra. São pouquíssimas as pessoas que conheço que já se perguntaram um dia: Quem sou? Onde estou? De onde eu vim? O que estou fazendo aqui? Pra onde vou? As pessoas estão sempre ocupadas em resolver seus problemas imediato do dia a dia, e, nos dias atuais, em sobreviver, porque não é vida o que a maioria das pessoas têm hoje em dia, e sim sobrevivência. E aí é que está a encruzilhada. Como encontrar tempo para pensar em como melhorar a própria vida, se mal temos tempo para buscar nos manter vivos? E o que não nos falta é gente nos criando dificuldades para nos vender facilidades.

            Outro grave problema que dificulta nossa capacidade de pensar e descobrir coisas novas é a acomodação que nos empurra para o círculo vicioso das fórmulas prontas. “Pra que perder tempo procurando novas fórmulas de viver, se a máquina de moer carne que é a sociedade já nos entrega velhas fórmulas prontas”? Nos esquecemos, porém, que se gente como Benjamim Franklin, que arriscou sua vida “brincando” de empinar pipas com metais pendurados nas caudas, durante tempestades elétricas, até hoje ainda estaríamos acendendo fogueiras ou lampiões de querosene para ter luz à noite e nos aquecermos durante o tempo frio.

            Estou com 68 anos e ainda hoje me pego contemplando a vastidão do espaço e me perguntando sobre o que ou quem está lá fora. Mas de uma coisa eu tenho certeza. Diante de todas as evidências que já vi, li e ouvi, sei que não estamos sozinhos. E mais cedo ou mais tarde a humanidade terá ciência disto.

Por Cristóvam Aguiar

 

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