Essa matéria foi publicada em 11 de junho de 2010. E hoje, trinta dias de sua passagem para a Pátria Espiritual, queremos homenageá-lo com essa bela lembrança. Claro que ele não deixou de torcer e assistir todos os jogos do Mengão devidamente paramentado. Aliás, sua filha me confidenciou que dia desses foi dar uma arrumada em seu guarda-roupa e tinha camisas ainda com etiqueta, pois ele só usava as camisas do time do coração. E assim foi Antônio Carlos Santos Freire, ou Carlinhos Ceguinho. Ou ainda, Carlinhos da pizza Ki Sabor.
"Em Feira de Santana ele está para o Flamengo como “Marcelo Dinamite” está para o Vasco. Foram vizinhos e eternos rivais. Carlos Freire, ou “Carlinhos Ceguinho”, como é chamado pelos amigos, é sem dúvida o “Torcedor Símbolo” do Flamengo, como Marcelo, proprietário do bar “Roberto Dinamite”, o é do Vasco. No domingo passado, ao completar 60 anos de idade e 50 como torcedor do Flamengo, ele decretou a sua aposentadoria como torcedor, com um churrasco entre familiares e amigos, na sua residência, no conjunto Milton Gomes.
O pai de Carlinhos, Carlito, não era muito ligado em futebol, mas em 1950 foi ao Maracanã assistir aos jogos da Copa do Mundo. Com a derrota do Brasil na final, ele se decepcionou e nunca mais quis saber de futebol. Mas, ao voltar do Rio de Janeiro, trouxe na bagagem uma camisa do Flamengo para o filho de 10 anos. Ali começava uma eterna paixão flamenguista.
“Eu já ganhei tudo com o Flamengo. Fui campeão carioca dezenas de vezes, hexa campeão Brasileiro, conquistei libertadores, fui campeão mundial de clubes, venci diversos torneios no exterior, e tivemos um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos, o Zico. Não me falta mais nada. O Flamengo já me deu todas as alegrias que eu queria ter”, diz Carlinhos. Com a “aposentadoria” como torcedor, ele espera que os amigos não o venham mais importunar com brincadeiras e gozações. “Eu acho que eles vão entender que eu já ganhei tudo, e que agora, se meu time perder, vou encarar com naturalidade. Então, não precisa mais fazer carreata e vir fazer buzinaço na porta da minha casa, até em respeito à minha idade e à minha aposentadoria como torcedor”, diz
Torcida familiar
Além de Carlinhos, toda a sua família, começando pela esposa, Lurdinha, os três filhos e os netos, todos torcem pelo Flamengo. Dois genros: Um é vascaíno e outro é botafoguense. Apenas a nora é flamenguista. Mas nada que impeça a família de se reunir para assistir os jogos do “mengão”. Lurdinha explica que “os meninos cresceram vendo a casa cheia de amigos torcendo pelo Flamengo, e foram seguindo naturalmente os caminhos dos pais. O filho Marcelo é casado com uma flamenguista e o filho segue a mesma linha. Patrícia, é casada com um botafoguense, mas, segundo ela, “o Botafogo não atrapalha nada”. Carol, a mais nova, é casada com um vascaíno e, segundo ela, “nem tudo é perfeito”.
Um comentário:
Esqueceu de falar de Igor, o filho de Patrícia, ele era flamenguista, e por causa do pai, o time de Igor agora é botafogo. USHUAHSUH conheço eles
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