terça-feira, 17 de agosto de 2021

Ministério da Saúde admite necessidade de 3ª dose da vacina contra a Covid-19

País superou no final de semana a marca de 200 milhões de doses distribuídas, sendo que ao menos 157 milhões já foram aplicadas

O Ministério da Saúde já admite a possibilidade de aplicação de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 para parte da população, sobretudo em idosos. A preocupação com a variante Delta é um sinal de alerta no Brasil, principalmente após o aumento das infecções pelo coronavírus em vacinados com duas doses em outros países. 

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) projeta aumento nas internações de idosos com mais de 80% nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Por outro lado, o país superou no final de semana a marca de 200 milhões de doses distribuídas, sendo que ao menos 157 milhões já foram aplicadas. 

Em audiência no Senado Federal, a secretária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse que todos os fatores serão observados antes de tomar qualquer decisão sobre aplicação de um eventual reforço.

“Em determinadas faixas etárias, para determinados imunizantes, realmente está diminuindo essa proteção. […] Iniciamos os debates em relação aos imunizantes na nossa câmara técnica assessora, mas não só em relação a ter uma terceira dose, também voltados para o nosso planejamento do ano que vem na aquisição desses imunizantes”, afirmou, ressaltando que os tipos dos imunizantes e a possibilidade de intercambialidade serão considerados. Na reunião, a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, também defendeu o reforço da vacinação, mas apontou possíveis dificuldades.

“O grande desafio dos gestores públicos é equalizar a imunização com duas doses, que é o esquema que responde pela melhor eficácia das vacinas, e utilizar a terceira dose, em especial num mundo de distribuição anda justo”, afirmou. A pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, avaliou a necessidade de terceira dose a ser aplicada em grupos específicos. “Os grupos prioritários seriam pessoas vacinadas com vacina de vírus inativado, sobretudo a CoronaVac, a partir do 70 anos, profissionais da saúde e todas as pessoas portadoras de imunodeficiência”, finalizou. (Jonvem Pan)

 

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