O Centro de
Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) medirá o nível
de imunização da população brasileira ao coronavírus, para identificar
de que forma o vírus está se propagando pelo país. A pesquisa tem o
apoio do Ministério da Saúde, que disponibilizará testes rápidos de
coronavírus para a instituição, além de apoio para contratação de uma
empresa de pesquisa que fará as entrevistas.
De acordo com o órgão, com o resultado do
estudo será possível criar políticas públicas mais eficientes e baseadas
em critérios científicos sobre o comportamento do coronavírus no
território brasileiro.
Cerca de 33 mil pessoas de 133 municípios
brasileiros serão submetidas ao teste rápido que detecta a presença de
anticorpos IgM (de infecção mais recente) e IgC (de infecção mais
antiga) a partir de amostras de sangue coletadas. De acordo com o
ministério, o trabalho deve esclarecer três questões sobre o vírus no
Brasil: o número de infectados, a velocidade com que o vírus tem se
espalhado e a taxa de letalidade da covid-19 na região.
Ontem (14), o ministro da Saúde, Henrique
Mandetta, explicou que o objetivo da pesquisa é estabelecer agora um
marco zero da presença de anticorpos e, com outros estudos mais à
frente, saber com que velocidade a população está alcançando a
imunidade. “Para que a gente tenha confiança de saber que a nossa
população esta andando no ritmo de autovacinação. Tem muita gente
assintomática que ganha anticorpos, tem muita gente com forma leve,
temos as formas intensas, graves e críticas. É o somatório disso que vai
nos dar imunidade”, disse.
Projeto piloto
O projeto piloto teve início no dia 6 de
abril, no Rio Grande do Sul. Os pesquisadores dividiram o território
gaúcho em oito regiões intermediárias definidas pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Porto Alegre e Região
Metropolitana, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo,
Caxias e Santa Cruz do Sul/Lajeado.
Já começaram a ser entrevistadas 18 mil
pessoas, que farão o teste rápido para o coronavírus. Em cada
município, a pesquisa sorteará aleatoriamente 25 setores para coleta
de dados. Em seguida, sorteará dez residências em cada setor e um
morador de cada casa, totalizando 250 pessoas por município.
Enquanto aguardam pelo resultado, os
entrevistados também responderão a um questionário sociodemográfico e
indicarão se estão sentindo sintomas característicos da covid-19. Além
disso, todos os participantes receberão orientações sobre assistência
médica e isolamento social. (Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário