domingo, 24 de janeiro de 2021

A tragédia de Manaus é um pacto de mediocridade coletiva

O caos em Manaus não deriva apenas do aumento do contágio pela Covid-19 – um medo que apavora a todos –, mas da incapacidade administrativa e desordem que vigora no estado, com o governador Wilson Lima (que já teve até pedido de prisão feito pela Polícia Federal) e, em especial, em Manaus, com o legado do ex-prefeito Arthur Vírgilio.

Incapazes de organizar, de forma mínima, e ampliar, de forma adequada, a rede de saúde da capital, o que Manaus vai deixar na memória  é a terrível morte por asfixia. Mesmo com a chegada da vacina, o que temos é a desordem administrativa, com  o sumiço de 60 mil doses e nomeações para furar a fila da imunização. 

É nítido e claro que as autoridades locais não têm mais capacidade de gestão e precisam ser cobradas e responsabilizadas pela tragédia que ocorre. Não se pode deixar de culpar o Governo Federal, mas é preciso não esquecer que a gestão local foi incapaz de administrar, de forma apropriada, os volumosos recursos que foram repassados pela União.

O horror vivenciado em Manaus é um pacto coletivo de mediocridade.

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