segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Vereadores adiam reajuste do salário por um ano e economiza mais de um milhão. Medida atinge prefeito, vice e secretários

        


        Embora não exista obrigatoriedade, por não serem atingidos pela lei federal que proíbe reajuste salarial para o funcionalismo público até 31 de dezembro deste ano, os 21 vereadores de Feira de Santana decidem não receber, em 2021, o novo subsídio, aprovado em 2019, para esta legislatura. O anúncio foi feito nesta segunda (11) pelo presidente da Casa, Fernando Torres, com sua Mesa Diretiva, em coletiva de imprensa. 

        A medida também vai atingir os vencimentos do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Todos  continuarão a receber valores que estão em vigor desde 1 de janeiro de 2013. Segundo o presidente, não seria "justo, nem ético", que os agentes políticos tenham agora um aumento na remuneração, enquanto os demais servidores públicos vão precisar aguardar até 1 de janeiro de 2022. "Que sejam contemplados todos em uma mesma data", afirma. 

        Um vereador em Feira tem  subsídio de R$ 15.030,00 (valor bruto), mesma quantia destinada ao vice-prefeito e secretários municipais. Com o reajuste, alcançaria agora em janeiro R$ 18.991,00. O prefeito municipal continuará recebendo este ano  R$ 21 mil e não a quantia de R$ 26 mil aprovada pela legislatura anterior.

        Ele explicou que esta decisão de adiar é como um efeito dominó, e a lei é uma só, tanto para o prefeito, como para vice-prefeito e secretários. O vereador informou ainda que a decisão de adiar o reajuste para 1º de janeiro de 2022, assim como a nomeação de alguns cargos de confiança para o próximo mês, vai gerar uma economia de mais ou menos R$ 1.200.000,00 para a câmara. 

        Fernando torres informou também que os cargos de confiança uma parte não foi nomeada, exatamente para economizar recursos para a câmara. Ele disse que está aproveitando o mês de janeiro, que é o mês de férias, e não é justo nomear funcionário para trabalhar em mês de férias. A Casa da Cidadania começa a funcionar a partir do dia 1º de fevereiro, besta data será nomeada a maioria dos cargos.

        Sobre os funcionários terceirizados da Câmara de Vereadores que têm os salários bastante reduzidos devido aos impostos, o vereador declarou que irá tentar corrigir esta situação até março deste ano, ou até mesmo rescindir o contrato com a empresa terceirizada. “Eu falei que não iria aceitar o terceirizado que presta serviço a casa, tipo, que faz limpeza, a câmara paga R$3.000,00 e esse funcionário recebe R$880,00. Eu não acho que são tantos impostos assim para um funcionário desse. A Câmara pagar R$3.000,00 a empresa e a empresa só pagar o funcionário R$880,00, eu acho que isso deve ser revisto”, observou. 
 
Com informações da Ascom e do Acorda Cidade.

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