sexta-feira, 3 de abril de 2020


Dá-lhe Colbert
         Com atitudes sensatas e inteligentes o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins está dando exemplo de como se conduz uma crise como esta do vírus chinês. Sem extremismos, avaliando racionalmente, com sua equipe de secretários e assessores, cada situação e o melhor modo de enfrentá-la, estamos no mês crucial do pico da curva de contaminação, com um dos índices mais baixos do País. Em que pese o patrulhamento de políticos como os deputado Zé Neto e Daiane Pimentel, além da militância petista, que não ajuda e ainda tenta atrapalhar, em Feira a gente, realmente, segue em frente. Vamos tirar essa crise “de letra”.

Mais leitos de UTI
         Ouço e leio a todo momento que não temos respiradores para enfrentar a pandemia. Que é preciso mais leitos de UTI. O prefeito Colbert Martins, assim como o ministro da Saúde, afirma que mais leitos não resolveria o problema, pois não temos profissionais suficientes para atuar. Daí eu questiono: Por que não estão capacitando profissionais? Uma portaria do Ministério da Saúde foi publicada nesta quinta-feira (2) no Diário Oficial da União, instituindo a ação estratégica "O Brasil Conta Comigo - Profissionais da Saúde", que visa capacitar profissionais da área de saúde nos protocolos clínicos oficiais de enfrentamento à pandemia de covid-19, por meio de cursos a distância. Não sei se inclui UTIs.

Petismo
         Chego à conclusão de que isto é realmente uma doença. E perigosa. Que cega as pessoas, embota suas mentes, e as torna odiosas e violentas. Eu até que encarei com uma certa naturalidade quando alguns velhos amigos se afastaram de mim e alguns até deixaram de falar comigo. Mas me assustei quando numa simples troca de opiniões na mesa de um bar, um desses amigos, num rompante violento, começou a gritar que eu deveria respeitar a opinião dos outros. Na verdade, não houve nenhum desrespeito. Eu apenas manifestara a minha opinião sobre um assunto, e esta opinião era divergente da dele. Coisa mais que natural num debate sobre qualquer assunto. Mas esta semana eu cheguei ao meu limite quando soube que uma amiga minha foi chamada de “deficiente cognitiva”, por alguém que já tinha sido seu amigo e até amante. Ela, sempre uma menina alegre e de bem com a vida, mas nunca uma débil mental, tirou de letra, não respondendo e apenas afastando ele da sua vida. Tudo isso porque ele é comunista e ela não. Pior pra ele que está se tornando um velho de maus bofes, rancoroso e odioso, de boca amarga e destilando veneno. Tomara que não morda a língua.

Revólver
         Eu estou lendo o livro do publicitário Antônio Miranda, “O que não me sai da lembrança”, que ele teve a gentileza de me enviar em arquivo PDF, para que eu possa ler no computador. Tenho dado boas risadas, até porque conheço muitos dos personagens das estórias que ele conta. E conta com a naturalidade de quem está sentado a uma mesa de bar conversando com amigos. Numa delas, ele lembra de um fato ocorrido logo após a revolução militar de 1964. Ele e mais um grupo de jovens amigos comunistas (jovem adora ser comunista. Mais tarde vira capitalista) refugiados numa casa e acompanhando o desenrolar dos acontecimentos, colados ao pé do rádio. Estavam num dos raros momentos de relaxamento, quando o amigo que estava perto do rádio, começa a gritar: Venham ouvir! Venham ouvir! Venham ouvir! Correram todos para junto dele perguntando: O que foi? O que foi? E ele, com a cara mais lavada do mundo disse: Brigite Bardot aderiu ao golpe. Um dos jovens, estressado, tirou um revólver do bolso e começou a gritar: Eu te mato! Eu te mato! Eu quase morro de rir, até porque eu conheço aquele jovem, que hoje é um velho político feirense, que sempre carregou aquele revólver 22 niquelado, e já puxou pra meio mundo de gente, mas nunca deu um tiro em ninguém. Hilário.
Confinamento
         Essa campanha repetitiva do “fique em casa” é uma lavagem cerebral que a turma do “quanto pior melhor” tenta fazer com as pessoas. Mas, em gente como eu, que tem mais um pouquinho de neurônios do que a média geral, não tem lavagem que dê jeito. Eu sei que eles querem amedrontar as pessoas para que fiquem encolhidas como coelhos assustados em suas tocas. Eles sabem que, sem trabalhar, a fome vai bater à porta de todos, e virá o caos social, do qual eles se aproveitarão, acusando aos outros de coisas que eles fizeram e apresentando-se como salvadores da Pátria. Comigo não, violão. Eu não como H nem quando tomo sopa de letrinhas. Estou recolhido em casa porque não tenho nada pra fazer na rua. Mas se precisar eu saio e não tem corona vírus que me impeça. Quem tem medo de morrer não deveria ter nascido, porque viver é uma coisa que eu sempre soube que é perigosa.
 Correspondentes internacionais
         Eu fiquei pasmo essa semana quando ouvia um programa numa rádio local, e alguém entrou no ar alegando estar ligando de Londres. Depois de ser saudado e festejado pelos apresentadores do programa, o “correspondente internacional”, num tom de preocupação e falando professoralmente, sentenciou: “Caros ouvintes, depois de tudo que já vi e ouvi por aqui, eu só tenho a dizer para vocês: Fique em casa”. E, acreditem, ninguém teve o cuidado de verificar de onde o indivíduo falava. Não verificaram por conveniência ou por incompetência? Porque de cá percebi que não era uma ligação remota. Nem mesmo interurbana, quanto mais interacional. Quem manja conhece. Há certos ruídos e ecos que denunciam a farsa. E bastava uma ou duas perguntas inocentes ao tal “correspondente, tipo: Como é que tá a neve aí em Londres? (lá agora é Primavera). Ou, que horas são aí agora? (lá são quatro horas à nossa frente). E assim, depressa se pegaria o mentiroso. Na verdade, eu já nem sei se o que está me irritando mais é a imbecilidade dos apresentadores ou esse mote chato e repetitivo do “fique em casa”. Fico se eu quiser, ora bolas. A vida é minha e quem decide sobre ela sou eu e Deus.
E o “Fundão”?
         Fala-se tanto em tirar dinheiro daqui e dali para aplicar nas ações de combate ao vírus chinês. Mas, quanto dinheiro os políticos irão dar para a causa? Vão abdicar de privilégios tipo auxílio isto ou aquilo? Vão reduzir seus ganhos? E o tal “Fundão” eleitoral? As eleições deste ano deverão ser canceladas. E aí? Vão devolver para ajudar o governo no combate à pandemia? Ou vão ficar naquela de “no meu fundão ninguém mexe”? Vamos lá! Decidam-se!
Peixes mortos na Lagoa Grande
Uma quantidade expressiva de peixes da espécie tilápia-do-nilo foi encontrada morta na Lagoa Grande, no bairro Rocinha. Moradores do entorno acionaram a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semmam) para informar o que havia ocorrido. Precisa dizer a causa?

Philosopher
Palavras têm vida e, quando aplicadas incorretamente, fazem mais estragos que balas (eu mesmo)

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Por hoje é só que agora eu vou ali pegar o meu badogue de palavras

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