
Com a chegada ao poder do truculento Augusto Aras, escolhido por
Bolsonaro fora da lista tríplice do MP- o que já sinalizava que tinha
prestígio limitado entre seus pares- a Lava-Jato foi posta nas cordas.
Começou com a tentativa de coletar os dados da operação- felizmente
barrado pelo STF-, acusações sem provas, bate-boca em reunião no
Conselho do MP, e culminou, essa semana, com o afastamento de Deltan
Dallagnol, Coordenador da Lava-Jato, em Curitiba, e figura mais
conhecida.
A saída de Deltan foi acompanhada do pedido de afastamento de 8
procuradores da Lava-Jato, de SP, e do único procurador exclusivo da
Operação Greenfeld. A debandada expõe um MP em guerra.
A destruição da lava-Jato é conduzida sob os aplausos das facções
criminosas, eleitas ou não, o beneplácito de Toffoli, o silêncio
obsequioso da família Bolsonaro, e a aprovação cúmplice do Congresso,
onde se reúne os maiores interessados, inclusive o Centrão, novo braço
de apoio ao governo federal.
Augusto Aras já disse que "o lavajatismo há de ser superado pelo
natural, bom e antigo enfrentamento à corrupção”, exatamente aquele que
gerou 500 anos de impunidade.
A terra arrasada e a vitória dos criminosos será o legado do PGR.
Nenhum comentário:
Postar um comentário