
PELOS CAMINHOS do mundo encontramos, freqüentemente, a cruz.
Ela se apresenta no alto
das igrejas, no cimo
das montanhas, nos cemitérios, no mais
alto das torres.
Ela ocupa um lugar
de honra em
nossas casas, nos
estabelecimentos públicos
e mesmo a carregamos sobre o nosso peito. E, acima
de tudo, nós traçamos o sinal da cruz sobre nós
mesmos. Mas, a cruz, não é um enfeite. É um
sinal que
nos fala
eloqüentemente do amor
de Jesus Cristo.
A CRUZ aparece como
símbolo de tudo
o que nos
faz sofrer. A encontramos de uma maneira menos poética e mais dramática plantada em
nossa carne,
em nosso
coração. Assume uma imensa
diversidade de nomes. Pode ter o nome de: doença, pobreza, fome, medo, injustiça, perseguição, calúnia,
desemprego, ansiedade, humilhação,
fracasso, solidão, morte
de um familiar...
A FESTA da
Exaltação da Santa Cruz, a ser celebrada no próximo dia 14 de setembro, traz
presente a esperança que brotou de algo que parecia apenas dor e final de tudo.
A Ressurreição permite um outro olhar
para a cruz de Jesus. Ela continua sendo dor, mas uma dor passageira,
que aponta para a vitória da vida.
CELEBRAR a Cruz é abraçar a vida com tudo o que ela pode apresentar. Tantas
vezes o sofrimento chega e traz consigo o desânimo e a falta de esperança. No
entanto, quando olhamos para Jesus entendemos que a vida é mais forte do que a
morte. Que o bem será sempre vitorioso. Porém, só alcança essa vitória quem souber carregar a cruz de
cada dia.
PORTANTO,
o verdadeiro discípulo de Cristo é aquele que carrega sua cruz, com paciência,
fé e esperança até a morte. Disse Jesus: “Se alguém quiser vir após mim,
negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. (Mc 8,34). E em outra
passagem, Ele afirma: “Aquele que não toma sua cruz não é digno de mim”. (Mt
8,34).
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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